Dados da Secretaria de Planejamento e Regulação Urbana de Aparecida de Goiânia mostram que 300 casos de derramamento inadequado de água servida foram notificados no município em 2020.
A água servida, aquela utilizada para lavagem de roupas, louças, quintais e piso, pode causar danos graves à saúde, à pavimentação asfáltica, além de mau cheiro e poluição. O despejo em vias públicas acarreta em multa de R$ 581,13 para quem comete a infração pela primeira vez e o dobro para reincidentes.
O despejo de água servida em logradouros públicos é vedado pelo Código de Posturas de Aparecida de Goiânia. O documento orienta como deve ser o descarte do líquido depois de utilizado. “Não existindo na rua a rede de esgoto, águas de lavagem ou quaisquer outras águas servidas deverão ser canalizadas pelo proprietário ou inquilino, para a fossa acaso existente no imóvel”.
Além dos fiscais de postura, a Regulação Urbana conta com o apoio das Secretarias de Infraestrutura e de Desenvolvimento Urbano, que também enviam denúncias do lançamento proibido da água nas vias. As denúncias (anônimas) são recebidas no telefone 3238-7210 ou pelo WhatsApp: 98471-8040.
O secretário de Planejamento e Regulação Urbana, Veter Martins, afirma que, se não houver uma conscientização por parte da população, de nada adianta o trabalho dos fiscais. “Nossas equipes têm trabalhado arduamente para tentar combater, têm multado sempre que a infração é flagrante, mas também têm orientado e notificado, mas contamos com a colaboração da sociedade”, ressaltou.
Perigos da água servida
A água servida além de empoçar as vias, podem atrair pequenos insetos e doenças diversas, quando ocorre com frequência, além de prejudicar a estética local. Os produtos de limpeza, em sua maioria, são corrosivos e com a exposição dos mesmos ao sol podem tornar-se ainda mais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, pois os seus compostos evaporam e espalham-se no ar.
A água servida nas ruas vai muito além de uma questão estética e de um ambiente agradável para quem transita pela cidade, pois ela causa prejuízos. Segundo o engenheiro de obras e superintendente da Secretaria de Infraestrutura, Roberto Lemos, a água escorrendo dia após dia, durante semanas e meses destrói o asfalto.
“O escoamento de águas residuais nas vias danifica os pavimentos por conta da infiltração constante da água, e com a quantidade de produtos químicos diminui sua vida útil, proporcionando o surgimento de trincas e buracos o que pode causar acidentes a motoristas e pedestres”, aponta.
“Outro problema é que muitas vezes essas águas são despejadas nas vias logo após a execução da pavimentação, o que torna o local frágil e consequentemente se perde todo o serviço, gerando custos para o município, um dinheiro que poderia ser investido em outras áreas”, pontuou o superintendente de Obras da Seinfra.
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