Aparecida de Goiânia declarou nesta sexta-feira (6) transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou que confirmou, por sequenciamento genético, três casos de infecção pela cepa em pessoas sem histórico de viagem ou contato com pacientes que portavam a variante.
Os casos são de um senhor de 67 anos, internado e intubado em um hospital da cidade, da esposa dele, de 60 anos, e da filha, com 34 anos. Os dois idosos já estavam vacinados com as duas doses da vacina anti-covid. Segundo a SMS, as duas mulheres se recuperaram da doença sem maiores complicações.
Conforme o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, a mais jovem trabalha num salão em Goiânia e lá teve contato com uma pessoa contaminada, o que indica que já há transmissão comunitária da variante na região metropolitana.
“A princípio temos que assumir que estamos com transmissão comunitária. Consequentemente, como ela trabalha em Goiânia, já há transmissão comunitária na região metropolitana”, pontuou.
As amostras foram coletadas nos dias 9, 16 e 21 de julho. A SMS informou que reportou os casos e a declaração de transmissão comunitária à Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
Aparecida de Goiânia sequenciou até esta sexta 1.271 amostras de pacientes infectados como coronavírus. Treze variantes foram identificadas circulando no município, mas a Gama (antiga P1) responde ainda por 99% deles. Por isso, Magalhães diz que é preciso esperar para ver como será o comportamento da Delta frente à Gama. “Estamos muito preocupados que o cenário possa piorar, mas ainda é cedo para fazer avaliação”, pontuou.
No Brasil, a Delta tem avançado com mais força na cidade do Rio de Janeiro, onde, segundo a prefeitura, responde por 45% dos casos.
Em Aparecida de Goiânia, preocupa também uma mutação da Gama, intitulada de B681H, que já responde por 44% dos casos. “Ela tem uma mutação importante que pode fugir à imunidade. Potencializa a variante a fazer reinfecções e infectar e agravar casos de pessoas vacinadas. É precoce dizer se é mais transmissível e mais letal, mas está no sítio das que podem burlar a imunidade”, destacou Magalhães.
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