O prefeito Iris Rezende (MDB) chegou por volta das 08h30 deste domingo (15/11) no Colégio Marista para exercer seu voto. O horário até as 10h da manhã é preferencial à pessoas com mais de 60 anos por conta da pandemia do novo coronavírus. Íris no entanto, não conseguiu evitar aglomerações ao chegar no local.
A votação é emblemática para Íris que recentemente anunciou sua aposentadoria da vida política. Eleito, em 2016, ele recebeu forte pressão de aliados para tentar a reeleição, mas decidiu que era hora de parar. Ele chegou a cogitar sequer participar do dia de votação este ano.
Em conversa com os jornalistas antes de entrar na zona eleitoral para votar, Iris não revelou em quem daria seu apoio mas criticou as eleições ocorrerem em plena pandemia. Para ele, o momento ideal era de se unificar as campanhas municipais, com a estadual e federal. ““É impossível realizar eleição em um ambiente como esse onde os candidatos não podem nem chegar perto do eleitor. O que eu queria era que o Congresso adiasse os mandatos atuais para que as eleições se coincidissem com as eleições de governador e presidente. Mas eu não insisti porque estavam achando que eu queria prorrogar meu mandato. Onde estão os candidatos? Ninguém sabe. Quais são as mensagens de casa um? Ninguém conhece. Mas o importante é que a democracia permanece”
A vida política de Íris é extensa e se tornou escola para figuras como o governador Ronaldo Caiado, como o próprio disse nesta manhã. Apenas considerando o período em que ocorreu a redemocratização do Brasil, em 1989, Iris Rezende foi eleito senador da República, em 1994. Foi ministro da Justiça do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), se candidatou duas vezes ao governo do Estado, em 1998, 2010 2014, perdendo todas as disputas para o tucano Marconi Perillo (PSDB). Nos pleitos municipais sempre foi muito forte: em 2004 ganhou no segundo turno do então prefeito, Pedro Wilson, do PT. Em 2008 foi reeleito mas renunciou em 2010 para concorrer novamente ao governo estadual. Em 2016 retornou ao Paço Municipal. Resta à dúvida que poderá ficar eternamente no ar: em quem Iris Rezende deu o voto de confiança para sua sucessão?
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