22 de novembro de 2024
Relação em colapso • atualizado em 04/09/2022 às 18:55

Ao criticar operação contra empresários, Bolsonaro dispara e chama Moraes de “vagabundo”

As declarações foram feitas em um evento de campanha com mulheres em Novo Hamburgo, no interior do Rio Grande do Sul
Jair Bolsonaro (Foto: Palácio do Planalto)
Jair Bolsonaro (Foto: Palácio do Planalto)

Sem citar nomes, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) voltou a disparar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes neste sábado (03) ao criticar, mais uma vez, a operação autorizada pelo juiz contra empresários bolsonaristas, que discutiam por meio de aplicativo de mensagens, um eventual golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.

Ao se referir a Moraes, sem citá-lo, Bolsonaro chamou-o de “vagabundo” e também lamentou que “empresários” tivessem sua vida “devassada”. “Nós vimos, há pouco, empresários tendo sua vida devassada, tendo a visita da Polícia Federal. Estavam privadamente discutindo assunto, não interessa qual seja o assunto, eu posso bater um papo num canto qualquer”, pontuou.

Bolsonaro continuou seus ataques. “Não é porque tem um vagabundo atrás da árvore ouvindo a nossa conversa, que vai querer roubar a nossa conversa”, disse Bolsonaro.

As declarações foram feitas em um evento de campanha com mulheres em Novo Hamburgo, no interior do Rio Grande do Sul. “Agora, mais vagabundo que esse ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, complementou.

Dirigindo-se às mulheres que participavam do evento, Bolsonaro ainda indagou que selas preferem “sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola”, em caso de situação de perigo. 

A fala torna a colocar fogo na relação entre ambos. Bolsonaro havia dito na sabatina do Jornal Nacional que a relação entre ele e o ministro estava pacificada. “Hoje em dia, pelo que tudo indica está pacificado. Espero que seja uma página virada. Até você viu que por ocasião da posse do senhor Alexandre de Moraes, um certo contato amistoso nosso lá e pelo que tudo indica está pacificado e quem vai decidir essa questão de transparência ou não, serão em parte as Forças Armadas que foram convidadas a participar da Comissão e Transparência eleitoral”, pontuou.


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