A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interrupção do estudo clínico da vacina Coronavac após o registro de um “evento adverso grave”. Já o Instituto Butantan afirmou que foi “surpreendido” com esta decisão. O governo de São Paulo disse que “lamenta ter sido informado desta decisão pela imprensa e não diretamente pela Anvisa”.
A Coronavac é a vacina desenvolvida para combater o novo coronavírus. Em uma parceria de um laboratório chinês – Sinovac — com o Instituto Butantan.
Nesta terça-feira (10/11), o governador de são Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o primeiro lote do imunizante, contendo 120 mil doses, deve chegar ao estado no dia 20 de novembro.
Em sua nota explicando o porquê da interrupção, a Anvisa afirmou que houve um “evento adverso grave” no dia 29 de outubro e que é padrão interromper. Sobre qual evento adverso seria este, a agência disse que foi um “óbito e eventos que comprometem a saúde do voluntário, incapacidade ou invalidez, reações que demandam hospitalizações, anomalias e suspeitas de infecção por meio de agentes”. Sobre essa morte, a agência não deu detalhes e disse que esses dados devem ficar em sigilo.
Já o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista à TV Cultura, informou que este óbito informado pela Anvisa não tem relação com a vacina. O Instituto informou também que haverá uma coletiva de imprensa hoje para maiores detalhes acerca deste assunto.
O governo de são Paulo também divulgou nota e demostrou descontentamento por não ter sido informado da interrupção dos testes diretamente pela Anvisa.
Em nota, a Sinovac declarou estar “confiante” na segurança de seu produto e em contato constante com o Butanta. “Depois de comunicarmos com o parceiro brasileiro do Instituto Butantan, soubemos que o chefe do Instituto Butantan acreditava que este grave acontecimento adverso não está relacionado com a vacina”.
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