10 de agosto de 2024
Brasil

Anvisa autoriza uso emergencial de vacina da Janssen contra a covid-19

Sede da Johnson e Johnson. Braço farmacêutico da gigante produz a vacina. (Foto; Divulgação)
Sede da Johnson e Johnson. Braço farmacêutico da gigante produz a vacina. (Foto; Divulgação)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (31) a autorização de uso emergencial da vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, contra a covid-19.

O governo federal já adquiriu 38 milhões de doses do imunizante. Todas elas serão entregues no segundo semestre deste ano. A vacina da Janssen é a única que precisa de apenas uma dose para garantir imunização.

Outra vacina autorizada para uso emergencial no Brasil é a CoronaVac. As vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca já obtiveram registro sanitário definitivo.

Seguindo a recomendação da área técnica da Anvisa, a maioria dos diretores votou pela permissão de uso com base em uma avaliação de que os benefícios da vacina superam os riscos trazidos por ela.

A posição foi puxada pela relatora, diretora Meiruze Freitas. “Esta relatoria conclui que os especialistas da Anvisa avaliaram que vacina atende às expectativas da agência quanto aos requisitos de qualidade, segurança e eficácia”, concluiu.

Conforme a área técnica, o imunizante pode ser aplicado em pessoas com mais de 18 anos, com ou sem comorbidades. A eficácia geral demonstrada pela farmacêutica no processo de submissão foi de 66,9%. Quando considerados casos graves, a eficácia comprovada foi de 76,7% após 14 dias e 85,4% depois de 28 dias.

Diferentemente das vacinas de outros fabricantes, a da Janssen tem eficácia com apenas uma dose. Esta foi a quinta vacina aprovadas pela Anvisa, entre aquelas que obtiveram registro e as permitidas em caráter emergencial.

O gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que os estudos e documentação analisados pela equipe técnica da agência confirmaram a eficácia e as condições adequadas para o uso no combate à covid-19.

Segundo Mendes, a vacina tem duração de até três meses com armazenamento entre 2º e 8ª. Quando retirados do acondicionamento térmico, os lotes ou frascos têm até seis horas para serem utilizados mantendo a eficácia.

Na análise sobre a cadeia produtiva da vacina, foram avaliados os diferentes locais onde ela ou algum insumo usado são desenvolvidos. A gerente geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Araújo, informou que foram apresentadas informações sobre oito locais na cadeia produtiva. “A estrutura física das plantas fabris e atividades e os sistemas de garantia da qualidade se mostraram satisfatórios”, afirmou.

As equipes técnicas da Anvisa também examinaram problemas de eventuais riscos adversos, sem que essas possibilidades tenham sido reveladas para além das reações normais da vacinação.

* – Com informações da Agência Brasil


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