23 de dezembro de 2024
Destaque • atualizado em 17/01/2021 às 16:51

Anvisa aprova uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford

Reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa de 17/01/21 (foto divulgação Anvisa)
Reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa de 17/01/21 (foto divulgação Anvisa)

A reunião da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – foi aberta neste domingo às 10h00 e, por volta de 15h00, já eram 3 votos favoráveis de cinco diretores a favor da aprovação das vacinas Coronavac e da vacina de Oxford. Antônio Barra, presidente da entidade acompanhou a relatora e completou cinco votos pela aprovação.

As vacinas estão autorizadas para uso emergencial contra a Coronavírus. A relatora Meiruse Freitas enfatizou que esta autorização não atinge à comercialização dos imunizantes, portanto os produtos não estarão à venda no mercado.

Logo que a vacina foi aprovada, o governador de São Paulo, João Dória, acompanhou uma cerimônia da primeira vacina aplicada contra a Covid-19. Mônica Calazans é uma enfermeira no Estado e trabalha no Hospital Emílio Ribas.

Em tom de desabafo, o governador paulista dedicou a aprovação da vacina Coronavac àqueles quem “defendem a vida”. “É a vitória da democracia, da liberdade”, completou ele.

“Se não fosse as barreiras”, a vacinação teria começado em dezembro, relatou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Comas. Ele reclamou das obstáculos de financiamento via dinheiro público. Ele embargou a voz e deixou escorrer lágrimas ao dizer: – “Mostrar a minha indignação”.

Jean Gorinchteyn também fez coro na discurso feito por Covas. “O que nós vimos no Amazonas pode acontecer no Brasil inteiro”, disse ele em tom enfático. Ele apontou para o Governo Federal para exigir que mais vacinas sejam disponibilizadas.

Em entrevista coletiva, o governador João Dória prometeu enviar 50 mil doses de Sâo Paulo para os profissionais de saúde do Estado do Amazonas.

Questão jurídica

Logo após a aprovação, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, comentou que todas as vacinas do Butantan estão contratadas de forma integral e “exclusiva” para o Governo Federal. Ele citou inclusive a dose que foi aplicada na enfermeira. “Isso é uma questão jurídica”, disse ele, ao citar a primeira dose.

Ele reafirmou que a coordenação do Plano Nacional de Imunização é do Ministério da Saúde. “Qualquer movimento fora dessa linha está em desacordo com a Lei”, disse o Ministro ao indicar que o governador de São Paulo rompeu com a legislação e pode ser submetido a uma ação judicial por causa do ato da primeira vacina aplicada.

Segundo o Ministro, o Governo Federal comprou e pagou 2 milhões de doses da Astrazeneca que seriam importadas da Índia. “É provável que a gente consiga coordenar essa entrega para o começo da semana”, disse ele. Segundo ele, todas as medidas que cabiam ao governo brasileiro foram tomadas.

Coletiva do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

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