24 de agosto de 2024
Entrevista • atualizado em 01/04/2023 às 10:59

Antes de ser internado Papa Francisco voltou a dizer que Lula foi condenado injustamente; veja vídeo

Além de afirmar que Dilma tem as “mãos limpas”, pontífice reforçou que petistas foram alvos do uso da Justiça para perseguição política
Papa foi internado na quarta-feira (29), após dificuldade para respirar, mas teve alta neste sábado (1º de abril). (Foto: reprodução)
Papa foi internado na quarta-feira (29), após dificuldade para respirar, mas teve alta neste sábado (1º de abril). (Foto: reprodução)

Antes de ser internado na última quarta-feira (29) com dificuldades para respirar, o papa Francisco voltou a afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado sem provas. Em entrevista à TV argentina C5N, o pontífice afirmou que o petista foi vítima de perseguição política e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem as “mãos limpas”, tendo sofrido o processo de impeachment “injusto”.

“O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. ‘Onde está o crime aqui?’ ‘Mas, sim, parece que sim…’ Assim condenaram Lula”, afirmou o papa. “Lawfare” é um termo utilizado para definir o uso do sistema de Justiça de determinado país para perseguição política de adversários

O religioso ainda completou que “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta”. “Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça”, disse Francisco, que alertou a gravidade de notícias falsas no meio disso.

A entrevista foi exibida na quinta-feira (30) e, na ocasião, o papa já estava internado em um hospital em Roma. Apesar disso, ele já teve alta neste sábado (1º de abril). Confira o vídeo da entrevista abaixo.

Vale lembrar que em 2018 e 2022, o papa Francisco já havia defendido Lula. Em 2022, o religioso afirmou em outra entrevista que o processo judicial que condenou o petista à prisão era um “caso paradigmático”, principalmente porque começou baseado em “fake news” e por não dar a “impressão de que foi decente”. 

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