A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, sem ressalvas, o registro do Ipasgo Saúde na sexta-feira (27). Com a adesão, a entidade visa garantir a sua solidez administrativa e financeira. Além disso, como previsto pelo governador Ronaldo Caiado em coletiva realizada no dia 16 de setembro, foi garantida a permanência de quase 10 mil beneficiários de 14 entidades que antes não eram elegíveis a continuar no Ipasgo Saúde.
Em entrevista durante a coletiva, o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz afirmou que apelou para o lado social da situação em reunião com a ANS para que os servidores não ficassem sem nenhum tipo de assistência. “Isso motivou o nosso pedido para essa reunião presencial para que a gente pudesse discutir com a diretoria da ANS, na qual fomos prontamente atendidos”, destacou.
Com o reconhecimento federal, o Ipasgo Saúde avança para um patamar de maior estabilidade e segurança, consolidando sua posição no mercado de saúde suplementar. Caiado celebrou o passo importante que irá impactar cerca de 600 mil beneficiários:
É o resultado do trabalho de um governo sério e responsável. O Ipasgo não ficará mais dependente do governo de ocasião. É padrão de excelência.
A decisão da ANS, comunicada pelo presidente da agência, Paulo Rebello, determina que a operadora apresente um novo modelo de plano assistencial aos beneficiários em até 30 dias e formalize o registro de todos os planos vigentes. A publicação do extrato no Diário Oficial da União (DOU) será o último passo para validar o registro e será publicado nos próximos dias.
O que muda com o registro do Ipasgo Saúde na ANS?
O Termo de Compromisso prevê que, nos próximos 360 dias, o Ipasgo Saúde deve atender a normas de contabilidade, capital base e provisões técnicas. A adesão encerra um ciclo de diligências iniciado em março, quando foi protocolado o pedido de registro. Desde então, o Ipasgo Saúde promoveu ajustes financeiros, modernizou sistemas operacionais e adotou novas práticas de gestão para se adequar às normas da ANS.
Entre as mudanças implementadas estão melhorias na governança, desvinculação do atendimento ao pagamento das coparticipações e o uso do boleto como alternativa de pagamento. “A transformação de autarquia para operadora de saúde requer mudanças profundas na cultura e nos procedimentos internos”, explicou Luz.
Mobilização
Na última semana, em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz, detalhou como o Instituto se mobilizou para manter os beneficiários mesmo com o serviço social autônomo e falou sobre as expectativas para a autorização do registro pela ANS. A declaração de Caiado foi uma confirmação de que encontraram uma saída para o embate.
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