19 de dezembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 01:14

ANP vende 8 campos de petróleo em terra por R$ 7,9 milhões

Com a venda de 8 dos 9 campos de petróleo oferecidos, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) arrecadou nesta quinta (11) R$ 7,977 milhões com a quarta rodada de licitações de acumulações marginais. O valor representa um ágio de 1.991% com relação ao preço mínimo das áreas.

A ANP espera investimentos de R$ 9,1 milhões nas áreas arrematadas.

No leilão, foram ofertados campos que já tiveram produção, mas foram devolvidos. São áreas de pequeno porte localizadas em bacias terrestres no país. Entre os vencedores, a maior parte das empresas são fornecedoras de bens e serviços para o setor que ainda não atuam na produção de petróleo.

“A rodada foi uma porta de entrada dessas empresas no setor de exploração e produção. esperamos que, no futuro, elas tenham um porte muito maior”, disse o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, para quem o leilão foi “amplamente bem sucedido”.

A maior parte do valor arrecadado, porém, veio de apenas uma oferta, feita pela empresa Newo Óleo e Gás para a área de Itaparica, na Bahia. Foram R$ 5,710 milhões, um ágio de 8.050%. O campo foi disputado por quatro empresas -o segundo maior lance, R$ 2,264 milhões, foi dado Dimensional Engenharia.

A Dimensional levou outro campo na Bahia, chamado Vale do Quiricó, por R$ 764,4 mil.

Também estreante, a Muncks & Reboques Brasil ficou com duas áreas na Bahia: Jacumirim, pela qual pagou R$ 132 mil, e Araçás Leste (R$ 357,7 mil).

A Ubuntu Engenharia e Serviços também arrematou duas: Noroeste do Morro Rosado, no Rio Grande do Norte (R$ 111,1 mil) e Rio Mariricu, no Espírito Santo (R$ 808,8 mil).

As outras vencedoras foram a Imetame -que ficou com a área de Iraúma, no Rio Grande do Norte, por R$ 70 mil- e a Petrol Serviços de Sondagem -que levou Garça Branca, no Espírito Santo, por R$ 23,5 mil.

Essas empresas terão que investir para recuperar a produção nas áreas. Segundo Oddone, são investimentos com início no curto prazo, que podem gerar oportunidades de empregos e para outros prestadores de serviço.

“Vejo apetite dos investidores, em uma demonstração de que a indústria está acreditando na nossa proposta”, disse o diretor-geral da ANP. Para este leilão, o governo eliminou as exigências de conteúdo local.

OFERTA PERMANENTE

Em entrevista após a rodada, o secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marcio Felix, disse que o governo estuda propor uma oferta permanente de campos de petróleo devolvidos, sem a necessidade de realização de leilões.

A ideia é deixar as oportunidades disponíveis no site da ANP. Se alguma empresa manifestar interesse, a agência abre um período de 30 dias para que outros interessados possam concorrer pela área. A proposta precisa ainda ser aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

Ainda assim, estão mantidos dois leilões deste tipo de áreas nos próximos dois anos.

Ainda este ano, a ANP realiza três novos leilões, um para áreas do pós-sal, em setembro, e dois para áreas do pré-sal, em outubro.

Oddone disse que, para o primeiro, a ANP deve reduzir os royalties das áreas terrestres, hoje em 10%. Na semana passada, ele já havia adiantado que reduziria a alíquota de bacias pouco exploradas de 10% para 5%. (Folhapress)

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