O jornalista William Bonner, a cantora Anitta, o ex-presidente Bolsonaro e outras figuras públicas tiveram os dados fiscais acessados de forma irregular por servidores da Receita Federal. Conforme apuração da Folha de S. Paulo, o Tribunal de Contas da União (TCU) afirma que foram pelo menos 8 acessos a dados sigilosos entre os anos de 2018 e 2020.
De acordo com o TCU, no relatório apresentado no fim de 2022, confirma que dos 8 acessos detectados, ao menos 6 tiveram pessoas politicamente expostas. A lista de servidores da Receita envolvidos na irregularidade constam agentes administrativos, tecnologista, auxiliar de serviços, assistente técnico e um auditor fiscal.
A TCU ainda menciona no relatório que a Receita instaurou processos administrativos para apurar os fatos e participação dos servidores. Quatro processos foram concluídos. Constatou-se que um assistente técnico administrativo da Vigilância Aduaneira do Rio Grande do Sul é suspeito de ter pesquisado dados fiscais de mais 20 artistas, entre eles ex-integrantes do Big Brother Brasil e outras celebridades.
Segundo as investigações, um auxiliar de serviços de Belo Horizonte teria emitido irregularmente 300 relatórios fiscais. Um outro agente administrativo também é suspeito de ter acessado dados do ex-deputado federal Rôney Nemer (DF). Também foi apurado que um dos responsáveis pelo acesso aos dados do ex-presidente foi um agente administrativo que já foi punido com suspensão e multa.
O TCU estabeleceu que seja feito o aprimoramento dos sistemas eletrônicos para corrigir falhas de segurança, com prazo de 120 dias.
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