A atriz e diretora Angelina Jolie, 42, negou que tenha explorado crianças durante as gravações do seu novo filme, “First They Killed My Father (Primeiro Eles Mataram Meu Pai)”. O longa é inspirado na vida da ativista pelos direitos humanos Loung Ung.
Após entrevista para a revista “Vanity Fair”, Jolie foi criticada por uma técnica utilizada no processo de escolha para o elenco infantil do filme.
A reportagem afirmou que os diretores de elenco colocavam dinheiro na frente de crianças pobres e as questionavam sobre o motivo de precisarem do dinheiro, para então retirá-lo de suas mãos.
Para escolher a protagonista do filme, Jolie procurou crianças nos orfanatos, circos e escolas de favelas. Srey Moch, a garota escolhida, teria sido a única a olhar por “muito, muito tempo” para o dinheiro. Ao ver que teria que devolver o dinheiro, a cambojana caiu em lágrimas e contou que necessitava do dinheiro para enterrar seu padrinho.
Jolie emitiu um comunicado neste sábado (29), após ser acusada de exploração infantil nas redes sociais. Ela afirmou que a técnica utilizada durante as audições foi mal interpretada.
“Todas as medidas para garantir a proteção, conforto e o bem-estar das crianças foram tomadas”, disse Jolie ao site “The Huffington Post”. A diretora esclareceu que a situação, descrita pela revista como uma cena da vida real, não passou de um exercício de improvisação.
“Eu estou triste que um exercício de improvisação, a partir de uma cena que vai estar no filme, tenha sido vista como uma experiência real. O centro deste filme é chamar a atenção para os horrores que as crianças encaram na guerra e ajudar na luta pela proteção delas. A sugestão de que dinheiro real foi retirado de uma criança durante a audição é falsa e triste. Eu ficaria ultrajada se isso tivesse ocorrido.”
Ainda de acordo com a publicação, nenhum dinheiro real foi envolvido e as crianças estavam cientes de que a situação fazia parte de uma improvisação para o filme, que estreia em setembro de 2017.
Desde 2001, Jolie tem forte relação com o país, pois iniciou o trabalho para a ONU em prol dos refugiados. Além do trabalho, seu filho mais velho, Maddox, 15, foi adotado no país. Ela também estabeleceu uma fundação para promover o desenvolvimento social no Camboja rural. (Folhapress)
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