18 de novembro de 2024
Crise na saúde • atualizado em 14/12/2023 às 14:43

Anestesistas das unidades municipais de saúde de Goiânia confirmam suspensão de atendimentos

Ao Diário de Goiás, a COOPANEST-GO afirmou que até o momento nenhum repasse foi realizado pela SMS
A partir desta sexta (15), unidades municipais de saúde de Goiânia ficarão sem atendimento de anestesistas. (Foto: Reprodução/Anestech).
A partir desta sexta (15), unidades municipais de saúde de Goiânia ficarão sem atendimento de anestesistas. (Foto: Reprodução/Anestech).

Em comunicado, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO), confirma que suspenderá o atendimento para cirurgias e exames eletivos a partir de amanhã (15). Os procedimentos emergenciais serão suspensos a partir de 5 de janeiro de 2024. A decisão foi tomada em assembleia realizada em 4 de dezembro devido à inexistência de contrato entre as partes e atrasos nos pagamentos.

A cooperativa afirmou que mesmo após o comunicado feito no dia 6 de dezembro, não houve nenhuma iniciativa por parte da Secretaria Municipal de Saúde no sentido de se reunir com a gestão da COOPANEST-GO para, em conjunto, chegarem em  uma solução que impedisse a suspensão. Uma reunião entre a cooperativa e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi marcada para o dia 8 de dezembro, mas não ocorreu.

Segundo a assessoria da COOPANEST-GO, o encontro teria sido cancelado pela secretaria por falta de compatibilidade na agenda. “Agora não há mais condições financeiras, nem administrativas – por ausência de contrato, que permitam a manutenção do atendimento”, explicou o presidente da COOPANEST-GO, Haroldo Maciel Carneiro.

Entenda o caso 

Em recente entrevista ao Diário de Goiás, Haroldo afirmou que desde o final de janeiro já não existia contrato entre as partes. “Sabendo do impacto que causaria para a população fazermos uma interrupção do nosso serviço, a gente continuou prestando serviço, mesmo sem contrato e mesmo com atraso de pagamento. Estamos na tentativa de chegar a uma solução, um acordo que seja possível com a Secretaria Municipal de Saúde”, disse. 

Além da questão contratual, a cooperativa alega que a prefeitura não efetuou os pagamentos acordados, e a dívida hoje é de quase vinte e seis milhões de reais. Segundo a COOPANEST-GO, chegou a existir uma negociação com o ex-secretário da saúde Durval Pedroso. Porém, o presidente Haroldo afirmou que na gestão atual, até o momento as parcelas não foram pagas.

Em nota, a secretaria informou na semana passada que reconhece que há um saldo de R$ 2,733 milhões do contrato anterior, encerrado em janeiro de 2023 e que o valor seria quitado nos próximos dias. Ao Diário de Goiás, a cooperativa afirmou que até o momento nenhum repasse foi realizado pela SMS.

Até o fechamento da reportagem a SMS ainda não se pronunciou. O Diário de Goiás entrou em contato para verificar sobre prazos para os pagamentos e a possibilidade de uma reunião entre as partes e aguarda retorno.


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