09 de agosto de 2024
Notícias do Estado • atualizado em 26/03/2021 às 18:51

Análise realizada pela Fieg afirma que o setor industrial de Goiás sente dificuldade em adquirir insumos

Foto: Divulgação Fieg
Foto: Divulgação Fieg

O bloco da Sondagem Especial, divulgado nesta sexta-feira (26) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com o tema “Clientes e Insumos”, fez uma análise com relação ao impacto da pandemia no fornecimento de insumos e atendimento à demanda pelas indústrias goianas.

Conduzida pela Coordenação Técnica (Cotec) da federação, a pesquisa revelou que o setor industrial em Goiás sente, de forma generalizada, dificuldades em adquirir matérias-primas. A análise mostra o impacto no atendimento à demanda do mercado. Para 88% dos respondentes, a dificuldade na aquisição de insumos tem gerado atrasos nas entregas. Além disso, a sondagem mostra que, para 80% dos setores industriais, o custo das matérias-primas está muito acima do usual.

De acordo com a sondagem, os resultados mostraram uma “pequena melhora na comparação com novembro do ano passado, entretanto parte das indústrias ainda tem deixado ou demorado para atender seus clientes. Em fevereiro, 24% das empresas sondadas não conseguiu atender parte da demanda. Em setembro/2020 eram 33% e em novembro/2020, 40%”

Foto: Sondagem Especial FIEG

Ainda conforme a análise, 48% dos sindicatos das indústrias da base da Fieg relataram que as empresas do setor enfrentam grande dificuldade na aquisição de insumos e nenhum dos sindicatos escutados na pesquisa, acreditam na normalização dessa oferta ainda no 1º semestre de 2021.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, afirma que as dificuldades têm sido enormes e aprofundadas, por conta do abre e fecha das atividades produtivas, de acordo com decretos estaduais e municipais. “A falta de uma política nacional gerou cenários diferentes, com cidades funcionando e outras paralisadas, devido a pandemia”, disse. “O preço internacional da resina plástica está subindo de forma desesperadora, com incremento que chega a 20% ao mês. É insustentável”, exemplificou.

Outra alerta é para o efeito cascata na aquisição de aço e de outros insumos para a construção civil, além do setor farmacêutico, pelo fato de muitas matérias-primas dependerem de importação. De acordo com a pesquisa, a maioria das empresas busca alternativas para esse aumento nos custos de insumos para não terem que repassar o aumento ao preço final dos produtos. O levantamento mostra ainda que a retomada consistente da economia depende diretamente da ampliação e melhoria da agilidade da vacinação da população.

“De forma geral, os resultados de fevereiro/2021 mostraram melhora no sentimento dos empresários, tanto em relação ao atendimento da demanda, quanto na aquisição de insumos. Entretanto, a situação pode voltar a piorar, uma vez que a aplicação do questionário ocorreu antes de decretadas as novas paralisações. A situação sanitária em Goiás saiu do controle, e vários municípios voltaram a aplicar regras mais rígidas de restrições no início de março, assim como tem ocorrido em outros estados. Com isso, a produção de insumos deve ser impactada novamente”, ressalta a sondagem.


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