23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:31

Analisar impeachment de Temer seria ‘querer parar o Brasil’, diz Maia

Rodrigo Maia. (Foto: EBC)
Rodrigo Maia. (Foto: EBC)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda (21) que uma análise dos pedidos de impeachment do presidente Michel Temer, no momento, seria “querer parar o Brasil”.

Segundo ele, os deputados já julgaram os fatos que estão na maioria dos pedidos de impeachment ao barrar a continuidade da denúncia por corrupção da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente.

“Se a gente ficar remoendo o assunto só vamos gerar instabilidade no Brasil”, disse Maia, em evento sobre reforma política organizado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, na capital paulista.

“A Câmara já decidiu esse assunto. Foi uma decisão, é democrática. Alguns acham bom, outros acham ruim, mas que ela foi democrática, foi. Foi voto aberto, nominal, cumpriu todo o regimento.”

Maia disse que os pedidos correm “no seu próprio tempo” tanto na Câmara quanto no Senado e afirma que o pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff “durou mais de 300 dias” para ser analisado.

Pelas regras do Legislativo, o presidente da Câmara deve verificar se o pedido de impeachment atende aos requisitos e encaminhá-lo para uma comissão, que decide se ele terá seguimento.

Na última quinta (17), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo “atraso injustificado” da análise.

Na corte, o processo parou nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que será o relator do caso. Ele é ex-ministro de Temer.

Candidato

Maia ainda afirmou na manhã desta segunda que o Democratas, seu partido, pretende ter um candidato próprio à Presidência em 2018 após se expandir preenchendo o espaço ocupado atualmente pelo PSDB.

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” desta segunda, o partido procura alguém com o perfil do prefeito de São Paulo, o tucano João Doria, e quer filiar aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

“Partido serve para ocupar o poder. Ninguém pode querer ter um partido para ser auxiliar do poder dos outros, pelo menos eu penso assim e acho que o caminho do Democratas é organizar, entender toda essa crise que o Brasil vive”, disse Maia.

“Aproveitando, claro, as divergências dentro do nosso principal aliado, o PSDB, é uma oportunidade que o DEM tem de construir o seu próprio projeto, foi sempre o nosso sonho e nunca foi possível”, afirmou.

Questionado se a expansão do partido seria feita com mudança de nome, como querem parlamentares do PSB que devem ingressar na legenda, Maia afirma que “tanto faz”. “Se for importante mudar nome, pode mudar. O que vale é a mensagem.” (Folhapress)

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