Alvo de uma representação anônima no Ministério Público Federal em Pernambuco, o cineasta Kleber Mendonça Filho diz que poderá demonstrar a “absoluta regularidade” de seu trabalho na Fundação Joaquim Nabuco.
Corre no MPF uma representação contra o diretor de “Aquarius” questionando um suposto acúmulo indevido de funções: enquanto coordenador de cinema da fundação, ele deveria ter preservado dedicação exclusiva ao cargo público e não poderia ter realizado filmes no período, segundo a queixa.
Kleber diz que seu cargo não era de dedicação exclusiva. “[Ele] não impedia que eu também tivesse atividades artísticas. Não existia nenhuma incompatibilidade entre ambos”, afirmou à reportagem.
O MP ainda está analisando o pedido para ver se ele procede, e não há data para emitir uma manifestação, que pode ou não virar uma denúncia, segundo informou a assessoria de imprensa da instituição.
“Caso o órgão entenda que há algo a ser apurado, poderei demonstrar a absoluta regularidade do meu trabalho na Fundação Joaquim Nabuco ao longo dos últimos 18 anos”, diz o diretor, que soube da representação por meio de uma nota publicada pela revista “Veja”. Ele afirma que não teve acesso ao teor do texto -a queixa foi anônima, motivo pelo qual o acesso ao texto é negado.
O diretor ocupou o cargo público até outubro deste ano. Em maio, durante a estreia de “Aquarius” no Festival de Cannes, ele e a equipe do filme empunharam cartazes contra o impeachment de Dilma Rousseff.
“Entendi que a denuncia anônima foi feita dias após o protesto em Cannes, onde assumimos democraticamente um ponto de vista claro sobre o Brasil hoje”, disse o diretor.
Folhapress
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