18 de novembro de 2024
Pegos de Surpresa • atualizado em 30/12/2022 às 17:48

Alunos da UFG tentam negociação para não serem prejudicados com a mudança do Passe Livre Estudantil

Os alunos de universidades públicas da capital e região Metropolitana ficarão, pelo menos, duas semanas sem receber o benefício
Foto: Luana Cardoso/Arquivo DG
Foto: Luana Cardoso/Arquivo DG

Após anúncio de mudança do Passe Livre Estudantil (PLE), divulgado na última semana de 2022, alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que ainda estão com calendário acadêmico atrasado devido a pandemia, se sentiram prejudicados. É que os estudantes cadastrados no Passe Livre Estudantil ficarão, pelo menos, duas semanas sem receber o benefício.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes da UFG, Marcos Soares, afirmou que os representantes dos estudantes da UFG tiveram uma reunião com o superintendente da Criança, Adolescente e Juventude da Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás, Ricardo Costa, e com a Universidade, na última quinta-feira (29), para discutir meios de minimizar os prejuízos dos estudantes. A notícia foi recebida em cima da hora, na última semana do ano.

Negociação

Na reunião, o DCE-UFG e a UFG buscaram obter a prioridade da confecção dos cartões dos estudantes da UFG e da UEG. “Essa reunião foi contundente no sentido de firmarmos um acordo. Os alunos que fizeram o cadastro e recadastro em 2022 vão ter o cadastro replicado para o próximo ano, e não vão precisar fazer o recadastro pelo sistema, ele já vai ser automático. Outro acordo que fizemos foi a priorização dos alunos da UFG e da UEG”, destaca Marcos.

No entanto, apesar da priorização, os alunos ainda terão que esperar o prazo de duas semanas para receber os novos cartões, ficando sem o benefício por esse período. Somente na UFG, são mais de 12 mil estudantes beneficiados pelo Passe Livre, mas a RedeMob afirma ter condições de confeccionar apenas 1.800 cartões por dia, o que pode gerar problemas de atrasos e mais prejuízos aos estudantes.

Alternativas

De acordo com o coordenador-geral do DCE-UFG, a UFG pretende pensar em alternativas para minimizar os danos aos estudantes. “Junto com a universidade, ainda não é nada concreto, demos a alternativa de formular uma normativa para que, nesse período, o aluno que está sem o Passe Livre tenha as faltas abonadas, ou que seja feito um período de aulas remotas. Isso ainda está sendo discutido”.

Pegos de surpresa

Após a notícia muitos alunos procuraram o DCE para retirar dúvidas sobre a mudança. “Os alunos ainda não têm essa ideia de como que vai funcionar, ainda não sabem como vai ser o novo sistema. Na verdade, a maioria deles nem sabia que ia mudar”, destaca Marcos.

Segundo o representante do DCE, a Universidade e o Diretório pretendem fazer ações de divulgação e orientação sobre o novo sistema, que sejam informados nas redes sociais. “Nós vamos procurar esclarecer as dúvidas dos alunos nas redes sociais e responder da melhor forma possível pra que eles saibam como que vai funcionar esse novo sistema”, acrescenta.

A coordenadora-geral do DCE, Anna Isabelle Rodrigues, afirma que os alunos compreendem a necessidade da mudança, mas esperam que haja um olhar especial para as universidades públicas. “O DCE-UFG, juntamente com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG (PRAE), tem dialogado para garantir que os estudantes não saiam prejudicados”, pontua.


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