28 de agosto de 2024
Tragédia

Alteração na BMW em que jovens morreram foi feita em Aparecida de Goiânia; entenda

Laudos da Polícia Científica de Santa Catarina confirmaram que a causa da morte dos quatro encontrados dentro do veículo foi asfixia por monóxido de carbono
De acordo com as autoridades, os jovens morreram dentro do BMW na rodoviária de Balneário Camboriú em 1º de janeiro por causa de alterações irregulares no escapamento. (Foto: reprodução)
De acordo com as autoridades, os jovens morreram dentro do BMW na rodoviária de Balneário Camboriú em 1º de janeiro por causa de alterações irregulares no escapamento. (Foto: reprodução)

A Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina, polícias e a Superintendência de Urgência e Emergência da Secretaria da Saúde do Estado informaram, nesta sexta-feira (12), que laudos da Polícia Científica confirmaram que a causa da morte dos quatro jovens encontrados dentro de um BMW na rodoviária de Balneário Camboriú, em 1º de janeiro. Os óbitos ocorreram por asfixia por monóxido de carbono, gerado a partir de alterações irregulares no escapamento do veículo.

Além disso, outras informações revelam que foram feitas várias modificações no BMW e em diferentes locais, mas a maior suspeita é de que a alteração no escapamento feita em junho, na cidade de Aparecida de Goiânia, tenha gerado o problema que matou os jovens.

As autoridades também afirmaram que não foram identificadas substâncias como drogas, medicamentos ou veneno em nenhum dos corpos. E também já houve a oitiva do proprietário da oficina, mas ainda serão ouvidos os mecânicos.

O inquérito, por sua vez, ainda não foi concluído, mas é possível que haja indiciamento por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Isso por que, por conta das alterações, o catalisador foi substituído por uma tubulação conhecida como downpipe, e que foi rompida. “Principal constatação visual do caso é a fratura do downpipe. Foi identificado no próprio local dos fatos uma abertura nesta peça. E, depois, no exame detalhado, a gente pode perceber que não era simplesmente uma fissura ou rachadura. Houve o rompimento completo”, disse um dos peritos.

Relembre o caso

Os jovens que morreram: Gustavo Pereira Silveira Elias, 24, Tiago de Lima Ribeiro, 21, Nicolas Oliveira Kovaleski, 16, e Karla Aparecida dos Santos, 19, eram todos de Minas Gerais. Parte do grupo havia se mudado há um mês para São José, Santa Catarina, mas foram passar o Réveillon em Balneário Camboriú.

Eles, então, saíram com o BMW no dia 23 de dezembro de Paracatu, Minas Gerais, chegaram na madrugada do dia 25 em Florianópolis, onde ficaram até dia 31. Em nenhum momento houve problemas mecânicos, mas quando chegaram a Balneário Camboriú, para o Réveillon na praia, testemunhas dizem que o motorista comentou que sentiu um engasgo no carro.

Sem problemas em continuar viagem, e depois da virada do ano na praia, parte do grupo vai com o BMW para a rodoviária com o BMW, para buscar a namorada de Gustavo. Por conta do congestionamento, porém, preferiram esperar o trânsito melhorar enquanto estacionados na rodoviária. Neste momento eles já haviam relatado que estavam enjoados para a namorada do Gustavo, a única sobrevivente.

Eles consideram que o mal estar era por algo que comeram e permanecem no BMW, que permaneceu ligado todo tempo, e saindo poucas vezes do veículo. Por volta das 7h, a namorada de Gustavo vai até o veículo e percebe que eles não estão respirando, chama ajuda e o Samu é acionado. O serviço de urgência teria chegado dez minutos depois, mas as vítimas morreram no próprio local.


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