A alta do dólar fez os gastos de turistas brasileiros no exterior cair em novembro. Segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central, as despesas com viagens internacionais somaram US$ 1,204 bilhão no mês passado, o menor nível desde maio deste ano (US$ 1,113 bilhão). As informações são da Agência Brasil.
Em outubro, os gastos com viagens ao exterior tinham somado US$ 1,421 bilhão, o maior nível no ano. Apesar da queda em novembro, as despesas com viagens internacionais continuam superiores aos US$ 971,4 milhões registrados no mesmo mês do ano passado.
Em novembro, o dólar turismo saltou de R$ 3,35, em média, para R$ 3,57. A alta foi motivada pela eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos e pelas expectativas de que o Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano) aumentasse os juros da maior economia do planeta, o que ocorreu na reunião do órgão na semana passada.
Petróleo
A queda dos gastos no exterior e as exportações de plataforma de petróleo em novembro contribuíram para melhorar o saldo de transações correntes. No mês passado, a conta ficou negativa em US$ 878 milhões, contra déficit de US$ 3,339 bilhões registrados em outubro e deficit de US$ 2,948 bilhões obtidos em novembro do ano passado.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, a maior contribuição veio das exportações de plataformas de petróleo, que ampliaram o superavit da balança comercial para US$ 4,516 bilhões no mês passado. Por causa disso, segundo ele, o deficit em novembro ficou abaixo do previsto pelo próprio Banco Central, que projetava resultado negativo de US$ 1,7 bilhão.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, a maior contribuição veio das exportações de plataformas de petróleo, que ampliaram o superavit da balança comercial para US$ 4,516 bilhões no mês passado. Por causa disso, segundo ele, o deficit em novembro ficou abaixo do previsto pelo próprio Banco Central, que projetava resultado negativo de US$ 1,7 bilhão.
Transações correntes
O saldo em transações correntes é formado pela soma dos saldos da balança comercial e das balanças de serviços (exportações menos importações de serviços), de renda (conta que engloba pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos para o exterior) e as transferências unilaterais (doações de brasileiros que vivem no exterior ou de organizações estrangeiras para o Brasil). O indicador mede a vulnerabilidade do país a crises externas. Quanto menor o deficit, mais sólida é a situação do país.
Caso o resultado das transações correntes fique negativo, o país passa a depender do mercado financeiro e dos investimentos estrangeiros diretos (investimentos internacionais que geram emprego no país) para ter resultados positivos no balanço de pagamentos que segurem a desvalorização do real e acumular reservas internacionais, que servem como seguro do país contra a dívida externa.
Os investimentos estrangeiros diretos, investimentos internacionais que geram emprego no país, somaram US$ 8,752 bilhões em novembro. De acordo com Maciel, o valor também ficou acima das projeções do Banco Central de US$ 6,5 bilhões para o mês passado. Nos 11 primeiros meses do ano, os investimentos diretos totalizaram US$ 63,657 bilhões, alta em relação aos US$ 59,864 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Folhapress
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