23 de novembro de 2024
Política

Aliado ao atual governo, Caiado “ficou 16 anos surdo, cego e mudo”, diz Daniel Vilela

Daniel Vilela (MDB) concedeu entrevista à Rádio Bons Ventos nesta terça, 4.
Daniel Vilela (MDB) concedeu entrevista à Rádio Bons Ventos nesta terça, 4.

O deputado federal e candidato ao governo de Goiás, Daniel Vilela (MDB), criticou a postura do senador e também governadoriável Ronaldo Caiado (DEM) por ter ficado 16 anos ao lado do atual governo estadual e agora entrar em embates como se fosse oposição há muito tempo. Para Daniel, campanha eleitoral de 2018 não pode continuar tendo “mentiras” e “promessas enganosas”.

“Não se pode mais e não se deve permitir uma campanha de mentiras, de promessas enganosas, como nós ouvimos nas últimas eleições, como trem-bala ligando Goiânia à Brasília, como a promessa que foi renovada de quatro em quatro anos da barragem do João Leite, quando o ex-governador Marconi Perillo dizia que Goiás poderia ficar 30 ano sem chover que não faltaria água, e faltou água no ano passado, está faltando novamente este ano. Enfim, uma série de situações”, disse.

Em entrevista à Rádio Bons Ventos nesta terça-feira (4), o deputado federal destacou que Caiado permaneceu por 16 anos no Palácio das Esmeraldas e fingiu que nada via, nada falava e nada ouvia e que agora, durante a campanha eleitoral, enumera diversas críticas e pontos que deveriam ser melhorados no Estado.

“Ele esteve ao lado deles durante 16 anos, eu nunca estive. Tem 20 anos que eu não frequento o Palácio das Esmeraldas, o Centro Administrativo e desempenho meu papel como oposição em Goiás, ao contrário dele, que ficou 16 anos lá, que indicou José Eliton como candidato a vice-governador, indicou Demóstenes como candidato a senador. Ao contrário dele que, na eleição de 2014, até o último momento gostaria de ser o candidato a senador ao lado de Marconi Perillo e após ter o veto público do ex-governador, veio se aliar a nós no momento eleitoral, e aí, sim, esteve ao lado da oposição nos últimos anos. Mas o meu questionamento se dá em razão da incoerência política. Quem participou durante 16 anos não pode agora colocar todas as situações, sendo que ficou 16 anos surdo, cego e mudo. Não via nada, não falava nada, não enxergava nada do que acontecia. Porque nestes últimos quatro anos eles fizeram o que fizeram nos últimos 16, foram irresponsáveis do ponto de vista fiscal, gerencial, onde se omitiram, se ausentaram, se distanciaram da população, perderam a capacidade de inovar e de criar. Isso é preciso deixar bem claro. E não sou eu que digo isso, é a população goiana que tem demonstrado através das pesquisas de intenção de votos, especialmente as pesquisas que consideram a aprovação e rejeição desse grupo político”, afirmou.

Leia entrevista:

– Com tantos problemas, vale a pena ser governador de Goiás?

Claro, vale. O nosso Estado é forte, é grande, nossa população é feita de pessoas honestas e trabalhadoras. Eu tenho a convicção de que é possível dar a volta por cima e fazermos com que Goiás seja um Estado de oportunidades, de boas perspectivas, um Estado atrativo para os investimentos e geração de emprego, geração de renda. Basta ter um governo que seja mais eficiente, que possa atender as pessoas mais humildes, um governo que possa buscar oferecer serviços com qualidade, otimizando as despesas, maximizando as receitas, fazendo a melhor e mais eficiente alocação de recursos, estabelecendo prioridades. Eu tenho a certeza absoluta que isso é possível. Outros Estados fizeram, passaram uma crise semelhante à nossa, e vivem hoje uma situação bem melhor. O Estado do Ceará é um exemplo em responsabilidade fiscal, investe R$ 2 bilhões por ano, quase R$ 8 bilhões por mandato. Fruto de uma responsabilidade fiscal, de uma gestão que leva em consideração a qualificação, meta, competência das pessoas que ocupam cargos públicos no Estado, e é isso que pretendemos fazer, uma boa gestão de pessoas, sendo ousado em projetos que vão garantir qualidade na prestação dos serviços públicos e é isso que estamos apresentando aos goianos. 

– O senhor chama a chapa de Ronaldo Caiado de governista. Como fica a situação de que vocês estavam conversando para se aliar? 

Ele esteve ao lado deles durante 16 anos, eu nunca estive. Tem 20 anos que eu não frequento o Palácio das Esmeraldas, o Centro Administrativo e desempenho meu papel como oposição em Goiás, ao contrário dele, que ficou 16 anos lá, que indicou José Eliton como candidato a vice-governador, indicou Demóstenes como candidato a senador. Ao contrário dele que, na eleição de 2014, até o último momento gostaria de ser o candidato a senador ao lado de Marconi Perillo e após ter o veto público do ex-governador, veio se aliar a nós no momento eleitoral, e aí, sim, esteve ao lado da oposição nos últimos anos. Mas o meu questionamento se dá em razão da incoerência política. Quem participou durante 16 anos não pode agora colocar todas as situações, sendo que ficou 16 anos surdo, cego e mudo. Não via nada, não falava nada, não enxergava nada do que acontecia. Porque nestes últimos quatro anos eles fizeram o que fizeram nos últimos 16, foram irresponsáveis do ponto de vista fiscal, gerencial, onde se omitiram, se ausentaram, se distanciaram da população, perderam a capacidade de inovar e de criar. Isso é preciso deixar bem claro. E não sou eu que digo isso, é a população goiana que tem demonstrado através das pesquisas de intenção de votos, especialmente as pesquisas que consideram a aprovação e rejeição desse grupo político.

– Qual a diferença entre você, Caiado e José Eliton? 

Eu entendo que há uma grave diferença de geração, de pensamento, de conceitos de gestão e de missão como agente político e agente público. Entendo que nós precisamos adotar uma prática em Goiás de mais gestão e menos política. Eu entendo que esse governo que aí está e o outro candidato, Caiado, eles têm uma visão de fortalecimento e de alimentação das suas vaidades pessoais e políticas do que efetivamente querem promover uma gestão para o Estado de Goiás. Nosso foco é esse, não queremos fazer política para atendermos às necessidades e vaidades dos nossos líderes políticos. Nós precisamos ter um governo discreto, com menos discurso e mais trabalho. Esse é o nosso lema e essa é a nossa diferença em relação a eles. Um diz que sonha em ser governador há muitos anos, o outro diz que quer ser governador porque era vice e participou nesses últimos anos. Nós queremos governar Goiás para fazer gestão, para fazer com que os goianos tenham um Estado que esteja pronto para servir à população, principalmente aqueles mais humildes, que dependem de uma saúde pública de qualidade, de educação pública de qualidade, daqueles que dependem e querem ter segurança para sua qualidade de vida, para aqueles que entendem que o Estado precisa ter uma simplificação processual e criar um ambiente, mais próspero para o empreendedorismo, investimentos e, consequentemente, para a geração de emprego e renda neste Estado. Nosso foco é fazer gestão eficiente e competente para esse Estado. 

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Veja entrevista:

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