07 de agosto de 2024
Justiça

Alexandre de Moraes proíbe Mauro Cid de se comunicar com com Bolsonaro e Michelle; entenda

A decisão do ministro também proíbe o ex-ajudante de contato até com a esposa, Gabriela Cid
Mauro Cid está preso desde maio em Brasília por conta da investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro. (Foto: reprodução)
Mauro Cid está preso desde maio em Brasília por conta da investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro. (Foto: reprodução)

Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), de se comunicar com o ex-presidente e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Cid também não pode falar com qualquer dos investigado nos inquéritos que apuram desvios de presentes de governos estrangeiros recebidos na gestão de Bolsonaro e os atos golpistas de 8 de janeiro. 

A decisão do ministro, tomada nesta sexta-feira (25), também proíbe o militar de contato até com a esposa, Gabriela Cid. Moraes baseou-se em um relatório da Polícia Federal que cita conversas encontradas a partir da perícia feita no celular de Mauro Cid. As mensagens tratam de falas que incentivariam atos antidemocráticos contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre trechos de sua decisão, Moraes diz que “a análise dos dados armazenados no telefone celular aprendido em poder de MAURO CESAR BARBOSA CID revelou indícios de que houve desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, sendo revelados novos fatos e agentes envolvidos”.

Além disso, ele afirma que, a “incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessária”, já que existem diversos fatos que precisam de esclarecimentos e que estes dependem da finalização das investigatigações.

Vale lembrar que Mauro Cid está preso em Brasília desde maio por conta da investigação que apura a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro. Ainda na sexta, o ex-ajudante prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a visita que o hacker Walter Delgatti teria feito, no ano passado, ao então presidente Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, durante o período eleitoral.

Com informações da Agência Brasil

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