16 de novembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:40

Além de Trump, Temer se reunirá com líderes de Irã, Israel, Palestina e Egito

Além do presidente americano, Donald Trump, o presidente Michel Temer se encontrará nos próximos dois dias, em Nova York, com os líderes de Irã, Israel, Egito e Autoridade Palestina para discutir questões bilaterais e relativas ao Oriente Médio.

Temer se reúne na terça-feira (19) com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu depois de o israelense fazer um tour pela América Latina que não incluiu o Brasil.

Os encontros com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, serão também na terça-feira.

Na quarta (20), Temer terá uma reunião bilateral com o presidente do Irã, Hasan Rowhani, quando deverão ser discutidas questões importantes de comércio. Após o fim do embargo comercial internacional a Teerã, o país tenta fechar a compra de pelo menos 20 aviões da Embraer, mas enfrenta resistência dos bancos, que temem ainda fazer transações com o Irã.

Temer receberá ainda na terça-feira os líderes da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), entre eles o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, na sede da missão do Brasil na ONU, e se reunirá com o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. Na quarta, ele encontrará também o presidente da Guiana, David Granger.

Na noite desta segunda (18), Temer terá seu evento mais importante, um jantar para discutir Venezuela com Trump e os colegas Juan Manuel Santos, da Colômbia, e Juan Carlos Varela, do Panamá. A vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, também participará do encontro.

Do lado americano, estarão presentes Trump, o vice-presidente, Mike Pence, o secretário de Estado, Rex Tillerson, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, e possivelmente a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.

Segundo a REPORTAGEM apurou, Trump espera ouvir de Temer e dos demais líderes propostas de ações que o Brasil possa tomar para pressionar mais o regime do ditador Nicolás Maduro.

Um exemplo citado é o movimento feito pelo Panamá, que recentemente estabeleceu a obrigatoriedade de visto a venezuelanos (com exceção para refugiados), atingindo pessoas do alto escalão do governo.

Interlocutores dos lados brasileiro e americano reconhecem que haverá pouca oportunidade para falar sobre temas bilaterais, como comércio.

Na manhã de terça, Temer abrirá a sessão de debates da Assembleia Geral da ONU com seu discurso e, na quarta, participará da cerimônia de assinatura do tratado sobre proibição de armas nucleares, acordado entre 122 países.

Potências nucleares, como EUA e Rússia, não fazem parte.

Antes de embarcar de volta, ele falará em um seminário sobre o Brasil promovido pelo jornal “Financial Times”, na companhia do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. (Folhapress)

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