09 de agosto de 2024
Saúde

Além do estado de emergência por dengue, Goiás também registra alta nos casos de covid

Até agora, já foram 4,5 vezes mais casos confirmados de Covid-19 em janeiro de 2024 do que o total registrado em dezembro de 2023
Vale lembrar, ainda, que é possível contrair as duas doenças simultâneamente, o que requer ainda mais cuidados com a saúde. (Fotos: reprodução)
Vale lembrar, ainda, que é possível contrair as duas doenças simultâneamente, o que requer ainda mais cuidados com a saúde. (Fotos: reprodução)

Enquanto Goiás passa por emergência de saúde pública depois de registrar mais de 20 mil casos de dengue e duas mortes no estado, a covid também volta a preocupar. Até agora, já foram 4,5 vezes mais casos confirmados de Covid-19 em janeiro de 2024 do que o total registrado em dezembro de 2023, de acordo com dados do painel de monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

Os números de casos de covid em dezembro foram 1.236, que subiram para 5.505 em janeiro deste ano.
O que representa uma incidência de 75 casos para cada 100 mil habitantes. Atualmente com parte da população vacinada e com casos leves, há poucos riscos, mas, ainda há possibilidade de que, com a dengue, haja uma sobrecarga do serviço de saúde público, ainda mais com a vinda do Carnaval 2024, que começa oficialmente neste final de semana.

Mesmo assim, o aumento de registros de casos de covid foi o suficiente para que municípios goianos cancelassem eventos festivos no Carnaval. Foi o caso de Itapuranga e Guapó.

Ainda sobre a dengue, o decreto do estado de Goiás foi publicado na última sexta-feira (2). Dados da SES indicaram que, este ano, foram registrados 22.275 casos de dengue, além das duas mortes. O aumento foi de 58% na comparação com o mesmo período de 2023.

Vale lembrar, ainda, que é possível contrair as duas doenças simultâneamente, o que requer ainda mais cuidados com a saúde. Febre, dor de cabeça, dores no corpo e cansaço muscular são, inclusive, sintomas comumente relatados por quem contrai dengue ou Covid-19, de forma que pode ser difícil diferenciar as duas doenças. Mas a evolução dos sinais e sintomas pode dar uma pista do diagnóstico.

O Ministério da Saúde reforça que, com o aparecimento de qualquer sintoma, é essencial procurar atendimento médico. As duas doenças são causadas por vírus, mas a transmissão ocorre de maneira diferente: a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Já a Covid-19 é transmitida por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada.

Dengue

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta, superior a 38°C;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática, apresentar quadro leve ou sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

O diagnóstico da dengue pode ser feito por exame clínico e confirmado por exame de sangue.

Covid-19

No caso da Covid-19, podem ocorrer sinais de casos leves, moderados ou graves. Os casos leves da doença causada pelo coronavírus são caracterizados pela presença de sintomas não específicos, como:

  • Tosse;
  • Dor de garganta seguida de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, coriza, fadiga e/ou cefaleia.

Os casos moderados podem incluir todos esses sintomas e também sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado à covid-19 (fraqueza muscular, prostração, diminuição do apetite, diarreia), além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade.

Já os casos graves, envolvem dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto.

O diagnóstico da Covid-19 pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório em amostras colhidas principalmente no nariz. Os testes estão disponíveis no SUS.


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