22 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 00:24

Alckmin rechaça comparação entre Trump e Doria

Esquerda: Donald Trump (eleito presidente dos EUA), Direita João Dória (eleito prefeito de São Paulo - SP)
Esquerda: Donald Trump (eleito presidente dos EUA), Direita João Dória (eleito prefeito de São Paulo - SP)

É “equivocado” comparar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com o prefeito eleito de São Paulo, João Doria, disse o governador paulista, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (10).Quando Doria venceu o pleito paulistano, o jornal “Washington Post” ressaltou semelhanças entre ele e Trump: os dois apresentaram “O Aprendiz” e enfatizaram, em suas campanhas, que são empresários, e não políticos.

“São comparações equivocadas. João Doria é do PSDB, que é um partido social-democrata, e não se filiou hoje, mas há dez anos”, afirmou Alckmin, que está em Nova York para apresentar a investidores locais o programa de investimentos do Estado.

O governador estava no avião quando Trump foi confirmado presidente -só descobriu sua vitória ao pousar. Ele disse não achar que o recado nas ruas, ao menos no Brasil, seja de aversão à política tradicional.”A mensagem que a gente pode ter dos eleitores é a busca da nova política, mais focada no gestor, nos resultados. É menos falatória e mais focada na boa gestão.”

Alckmin passou por Washington e está em Nova York para vender ao mercado americano um projeto de concessões rodoviárias de 30 anos -e aterrissou na manhã seguinte à consagração do presidente americano mais protecionista dos últimos tempos, resistente a acordos comerciais com outros países e favorável a aumentar taxas sobre produtos vindos do exterior.

O governador disse estar “otimista” com o programa e frisou que “o Brasil tem uma história de parceria e cooperação com os EUA”.

O mercado, contudo, já mostra desinteresse em concessões paulistas dois dias após eleições nos EUA. Mas o secretário de Governo paulista, Saulo de Castro Abreu Filho, que acompanhava Alckmin, negou que um grande banco americano tenha cancelado uma reunião, como noticiou a coluna “Mercado Aberto”. “Não tinha nada agendado.”

O governador disse que o momento é de respeitar a “manifestação democrática” do povo americano e que o Brasil vive um bom momento para receber investimentos, citando a queda na inflação.

Ao contrário de Doria, seu afilhado político, que já entrevistou Trump para seu programa na TV, ele nunca conheceu o empresário americano –que já visitou o interior de São Paulo. No começo dos anos 2000, foi anunciado um projeto com seu nome, a Villa Trump, em Itatiba (100 km da capital). Nunca saiu do papel.

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