Em meio à expectativa sobre a apresentação de novos pedidos de investigações sobre políticos, desta vez impulsionados pela delação de executivos da Odebrecht, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta segunda-feira (6) “apuração de ‘A’ a ‘Z'”, mas que “se separe o joio do trigo”.
“É preciso separar o joio do trigo. Ter cuidado para não misturar pessoas que fizeram corrupção, se enriqueceram, patrimonialismo, com outros casos”, disse o tucano. Como revelou a Folha de S.Paulo neste domingo (5), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir a abertura de inquéritos contra diversos políticos, entre eles parlamentares do PSDB, como os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).
Questionado se estava se referindo ao chamado “caixa dois” ao defender uma distinção entre as diversas irregularidades que vieram à tona no esteio da Lava Jato, Alckmin saiu pela tangente. “Quaisquer outros. Precisa separar bem. É preciso separar bem corrupção de outras formas de trabalho”, concluiu.
Na semana passada, delatores da Odebrecht disseram em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que a empreiteira repassou recursos por meio de caixa dois a candidatos do PSDB.
O pagamento teria sido feito após Aécio, presidente do partido e candidato ao Planalto em 2014, solicitar doações à empresa. Aécio nega que tenha pedido recursos de forma irregular e afirma que o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, corroborou, também ao TSE, a legalidade dos recursos recebidos pelo partido. (Folhapress)
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