O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito presidente do PSDB neste sábado (9) em convenção do partido em Brasília. Ele ocupará o cargo pelos próximos dois anos.
Apesar do acordo costurado por semanas, o senador Tasso Jereissati (CE) não assumiu o Instituto Teotônio Vilela, braço de formulação política do partido. O ex-senador José Aníbal resiste a deixar o posto.
O primeiro vice-presidente presidente será Marconi Perillo e o segundo, Ricardo Tripoli, aliado de Tasso.
Com a chegada à presidência da sigla, Alckmin começa a erguer sua candidatura presidencial. Em seu discurso na convenção, ele deve fazer ataques duros ao ex-presidente Lula e se apresentar como uma opção de “mudança” em relação a governos recentes do país.
Em seu primeiro discurso no posto, o paulista fez críticas pesadas ao PT e afirmou que Lula, seu possível adversário nas urnas em 2018, quer “voltar à cena do crime”.
“Vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula quer voltar ao poder”, disse. “Será que petistas merecem nova oportunidade? Nós os derrotaremos nas urnas.”
O governador também fez a defesa de uma pauta econômica reformista e responsabilizou o PT pela recessão dos últimos anos. “Acreditamos em políticas públicas perenes e não em bravatas de marketing”, afirmou.
“Lula será condenado nas urnas pela maior recessão da nossa história. As urnas o condenarão pelos 15 milhões de empregos perdidos, pelas milhares de empresas fechadas, pelos sonhos perdidos.”
“O PSDB é um instrumento da modernização do Brasil, o Brasil desburocratizado”, continuou.
“Vamos perseguir a inovação de forma obsessiva. O conhecimento e a imaginação criando futuro a passos largos”, disse. “Já passou da hora de tirar o peso desse Estado ineficiente das costas dos trabalhadores e empreendedores brasileiros.”
Segundo o tucano, é “hora de olhar para a frente com união e esperança renovada”.
Como indica seu primeiro discurso à frente da legenda, o paulista pretende mirar o PT para abrir espaço na disputa pelo Planalto, até agora polarizada entre Lula e Jair Bolsonaro (PSC). (Folhapress)
Veja vídeo:
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