O governo federal anunciou na manhã desta quarta-feira (16) o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. A apresentação não teve muitas novidades em relação ao que já havia sido divulgado anteriormente depois de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento prevê, inicialmente, a vacinação de grupos prioritários, como profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades. Conforme o plano, 51 milhões de pessoas serão vacinadas nas quatro fases da primeira etapa. Para isso, serão utilizadas 108,3 milhões de doses, considerando que cada pessoa toma duas doses e a perda de 5% de vacina em processos de transporte e aplicação.
De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governo federal será responsável pela distribuição aos estados, que por sua vez devem repassá-las aos municípios. A operação terá apoio logístico do Ministério da Defesa.
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O governo prevê que a vacinação deve ser concluída em 16 meses, sendo quatro para todos os grupos prioritários e 12 meses para imunização da população em geral. Não há, porém, datas previstas. Segundo Pazuello, não se pode dar prazos para início da campanha antes que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda autorização. O ministro reforçou que nenhum laboratório solicitou à reguladora aval para uso emergencial ou registro de vacina.
Vacinas
O plano divulgado pelo governo considera a vacina ChAdOx-1, produzida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O país assinou acordo para receber 100 milhões de doses desse imunizante até julho. No segundo semestre, a Fiocruz deve produzir mais 160 milhões de doses.
Também está presente a CoronaVac, produzida pelo Butantan. Em um vídeo, porém, o governo mostrou diversas iniciativas em andamento, como a da Janssen Pharmaceuticals, a da Pfizer/BioNTech, entre outras.
“Não haverá nenhuma diferença. Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan ou pela Fiocruz, por qualquer indústria, ela terá prioridade do SUS. E isso está pacificado. Isso está discutido”, disse Pazuello.
Capacidade de distribuição
O ministro da Saúde também garantiu que o país tem condição de coordenar um campanha nacional de grande porte para imunizar a população contra a doença.
“O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra quê essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, afirmou o ministro.
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