12 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:19

Agrodefesa orienta produtores rurais após surto de raiva em Palmeiras de Goiás

Coleta de amostra de animais mortos. (Foto: Agrodefesa)
Coleta de amostra de animais mortos. (Foto: Agrodefesa)

Devido à falta de notificações, Palmeiras de Goiás era um dos municípios em que não era realizada a vacinação contra a Raiva. No entanto, após um surto da doença, iniciado em julho, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) está mobilizando produtores rurais para que façam a vacinação o mais rápido possível.

De acordo com o médico veterinário responsável pela unidade regional Rio dos Bois, Guido Masson, o primeiro diagnóstico e confirmação de animais infectados ficou pronto em 11 de julho. Mais de dez animais morreram em duas propriedades, porém nem todos os casos foram confirmados.

“Estava ocorrendo uma subnotificação, mas quando colhemos nessa propriedade, já era o quarto animal que foi a óbito. Mas somente um foi notificado, que nós colhemos a amostra. Depois morreram mais dois. Já foram coletadas amostras, que estão a caminho do laboratório. Na propriedade vizinha também não houve notificação da morte dos animais, mas já morreram seis animais. Foram coletadas amostras de dois, que também estão indo para o laboratório para confirmação do diagnóstico”, explicou.

Após a confirmação dos resultados, a Agrodefesa visitará todas as propriedades rurais que estão em um raio de até 12 quilômetros, notificará todos os produtores, que serão obrigados a vacinarem todos os animais contra a Raiva.

“Tem uma instrução normativa da Agrodefesa que prevê que Palmeiras não está incluída porque não tinha casos de Raiva. Agora, os produtores têm que fazer essa vacinação de todo o seu rebanho, incluindo equinos, ovinos e caprinos. Todos os herbívoros da fazenda. Também orientamos aos produtores notificar a presença de animais com sintomas nervosos”, informou o médico veterinário.

Além disso, segundo Guido Masson, a Secretaria Municipal de Saúde já se disponibilizou para fazer a vacinação dos cães que vivem em zonas rurais. “A Secretaria de Saúde já entrou em contato e fará a vacinação dos cães na zona rural. Estamos querendo antecipar essa vacina”, disse.

O comércio de animais será retomado apenas após a apresentação de documentações referentes à vacinação, por parte dos produtores, junto à Agência. “Nós precisamos fazer a vacinação assistida de todos os animais, mas em decorrência da grande quantidade de propriedades, nós estamos apenas notificando os produtores, que devem apresentar a nota fiscal da vacina, junto com a declaração de vacinação dos animais na Agrodefesa. Enquanto eles não fizerem isso, as propriedades estarão bloqueadas”, informou.

Doença

A Raiva é uma infecção transmitida a partir da saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordida. O principal transmissor da doença é o morcego. Das 1,2 mil espécies de morcego, apenas três se alimentam de sangue de animais e transmitem a Raiva.

A Agrodefesa informou que o abrigo dos morcegos que possivelmente estão transmitindo a doença foi detectado. Em seguida, será feita a captura dos animais para identificação.

Sintomas

A Agrodefesa alerta os produtores rurais a ficarem atentos aos sintomas da Raiva. Conforme o veterinário, o animal infectado começa a perder o apetite, deixa de comer e beber água; se afasta do rebanho; e apresenta dificuldade em se locomover, principalmente nos membros posteriores.

“Alteração de comportamento de maneira geral, por ser uma doença nervosa, salivação excessiva. Posteriormente o animal deita, entra em decúbito e vem a óbito. É nesse momento que nós fazemos a coleta da amostra”, ressaltou.

Prevenção

Todas as pessoas que entraram em contato com os animais infectados deverão procurar atendimento em um posto de saúde para iniciar o tratamento preventivo. A Raiva é uma doença que não tem cura e pode levar a pessoa à morte. “Os produtores que tiverem contato com esses animais, principalmente com a saliva, devem procurar um posto de saúde para fazer a medicação preventiva”, concluiu Guido Masson.

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