Uma mulher que perdeu a chamada para entrar no consultório de uma médica ficou irritada e agrediu a profissional dentro do consultório da UPA do Parque Flamboyant, em Aparecida de Goiânia. A médica Ana Paula Martins, que trabalha no Sistema Único de Saúde (SUS) de Aparecida de Goiânia e da capital, relatou a agressão em um vídeo nas redes sociais.
Com um hematoma em dos olhos por causa de uma cabeçada desferida pela paciente, a médica pediu mais respeito aos profissionais que atuam na saúde.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) emitiu nota afirmando que “essas ameaças e agressões precisam parar”.
A autora da agressão foi detida pela Guarda Civil Municipal de Aparecida. Ela é uma detenta que cumpria pena no regime semiaberto e deveria estar usando uma tornozeleira eletrônica, mas estava sem o equipamento. A mulher cumpre pena por homicídio.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia alegou que as unidades de saúde contam com videomonitoramento, botão do pânico, além da presença de guardas civis.
O relato da médica e o Registro de Ocorrência apontam que a profissional chamou pela paciente por 5 vezes através do painel eletrônico e depois fez um aviso verbal na recepção, sem que ela comparecesse ao consultório.
Quando a médica foi fazer um atendimento em uma enfermaria, para a internação de outra paciente, a mulher surgiu agressiva, se exaltou, bloqueou a porta, impediu a circulação da profissional, e passou a exigir atendimento imediato.
No vídeo, a médica afirma que ouviu xingamentos e ameaças e depois sofreu as duas cabeçadas no rosto.
“A GCM de plantão foi imediatamente acionada, conteve a agressora e impediu a continuidade da violência, garantindo a segurança da equipe e a retomada dos atendimentos na unidade. Em seguida, uma viatura conduziu a suspeita ao 4º DP, no Garavelo, onde o caso foi formalizado”, divulgou a prefeitura.
Segundo a prefeitura, o episódio foi enquadrado como lesão corporal grave, conforme o Art. 129, §1º, inciso I, do Código Penal. A médica passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, e as investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
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