O presidente da Associação Goiana dos Municípios, AGM, Kelson Vilarinho (PSD) criticou, em entrevista a Rádio Bons Ventos, a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos. Ele lembrou que esse programa levou profissionais da área para cidades goianas que sofriam sem conseguir dar atendimento aos moradores. Para Kelson Vilarinho é necessário fazer uma ação para ocupar essas vagas que no estado de Goiás devem impactar mais de 100 cidades.
“Nós os prefeitos estamos muito preocupados porque hoje mais de 180 cubanos estão aí trabalhando em mais de 100 cidades do nosso estado, isso representa atendimento em PSFs em quase 30%. Isso representa um impacto muito grande, nós os prefeitos estamos fechando as contas desse ano de 2018, nó os prefeitos precisamos que o governo federal e que os governantes tomem as decisões e tenham as respostas que nós necessitamos”, explicou o presidente da AGM
Kelson Vilarinho ainda reclamou que as cidades do interior não conseguem pagar o valor de 30 mil reais que os médicos pedem para fazer o atendimento nas cidades “Nós queremos que os nossos governantes arrumem uma maneira para resolver um problema, falaram que vão trazer um medico de algum concurso, médico do interior ele hoje ganha entorno de 30 mil reais, não é 11 mil reais que o programa prevalece não”.
Uma das cidades que deve sofrer o impacto da saída dos médicos cubanos é a cidade de Aparecida de Goiânia que conta hoje com 10 profissionais do programa. A secretaria de saúde da cidade ainda não recebeu o cronograma de viagem dos médicos, mas já definiu que com a saída dos profissionais e até o Ministério da Saúde mandar novos integrantes do programa, as regiões que ficarem sem os médicos serão atendidas através do tele consulta.
Veja a nota da secretaria de saúde de Aparecida
A SMS de Aparecida de Goiânia informa que dez médicos cubanos atuam na cidade, pelo Programa Mais Médicos. Com o anúncio da saída de Cuba do programa, até o fim de dezembro, provavelmente, os profissionais devem deixar o município. Os desligamentos ocorrerão conforme cronograma que será definido pelo Ministério da Saúde. Por enquanto, os médicos continuam atendendo em sete Unidades Básicas de Saúde de Aparecida.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, novo edital será lançado o mais rápido possível, para substituição desses profissionais. Aparecida conta ainda com o Agendamento Municipal de Consultas, que atende a Rede Básica de Saúde e que, caso necessário, poderá ser utilizado pelos pacientes.
Leia mais sobre: Notícias do Estado