12 de agosto de 2024
Política

AGM e FGM repudiam declarações de Caiado sobre convênios das prefeituras com governo de Goiás

Senador Ronaldo Caiado (DEM). (Foto EBC)
Senador Ronaldo Caiado (DEM). (Foto EBC)

Recentes declarações do senador Ronaldo Caiado (DEM), em que ele faz críticas pejorativas aos prefeitos goianos, geraram uma onda de insatisfação em Goiás. Caiado deu declarações demonstrando posicionamento contrário aos convênios que serão firmados entre o governo estadual e todos os 246 municípios goianos. “São cooptáveis”, disse o senador com relação aos prefeitos. O posicionamento de Ronaldo Caiado rendeu críticas das duas principais entidades associativas dos municípios em Goiás.

A Associação Goiana dos Municípios (AGM) e a Federação Goiana dos Municípios (FGM), através dos seus dirigentes, repudiaram as declarações que atingem, inclusive, aliados políticos do senador, como os prefeitos de Goiânia, Iris Rezende, e de Catalão, Adib Elias, ambos do PMDB, que oficializaram o desejo de firmar parcerias administrativas com o governo de Goiás. Denigrem também companheiros de partido do senador, como os prefeitos Odair do Odélio (Bom Jardim de Goiás), Marconni Pimenta (Britânia), Wisner Araújo (Corumbaíba), Tiago Pedra Grande (Faina), Nick Barbosa (Minaçu), Barretinho (Nova Crixás), Jaime Ricardo (Ouro Verde), João do Léo (Pirenópolis), Marcos Cabral (Santa Terezinha), além do prefeito Paulinho, de Hidrolândia, que recentemente deixou a legenda tecendo várias críticas ao senador.

Por meio de nota (confira a íntegra abaixo), a AGM declarou que o momento econômico é de dificuldades. “Tratá-los como cooptáveis é uma irresponsabilidade”, diz a nota da AGM. A entidade aponta que Caiado faz “mau uso do mandato” e que ele deveria preocupar-se em defender os municípios, ao invés de atacá-los.

 Já o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (PMDB), que preside a FGM, declarou, nesta quinta-feira (16/3), que Marconi Perillo tem feito parcerias com todos os municípios goianos, independente da questão partidária. “Os recursos da venda da Celg é um ativo do Estado e o governador determinou que ele fosse aplicado nos municípios”, alegou o presidente da FGM. “Ressalto também que não houve convite para que os prefeitos de oposição trocassem de partido”, acrescentou, enfatizando que os gestores municipais goianos não estão à venda, como citou o senador do DEM.

O vice-governador José Eliton também rebateu Ronaldo Caiado. Eliton afirmou que o ato de Caiado demonstra “irresponsabilidade” porque distorce a realidade. “Deveria respeitar os prefeitos, que não são venais ou cooptáveis, ao contrário, buscam junto ao Governo de Goiás uma ação conjunta para superar suas dificuldades”, afirmou. José Eliton disse que o posicionamento de Caiado, ao tentar inibir os convênios entre o governo estadual e os municípios, é na verdade um posicionamento “contra a população de Goiás”.

 Em nota, José Eliton afirmou que “a insurgência de Ronaldo Caiado contra o Programa de Investimentos e Entrega de Obras e Benefícios atesta seu desrespeito aos prefeitos de Goiás, especialmente àqueles filiados aos partidos de oposição ao Governo de Goiás, entre eles os de sua legenda, o DEM, que abraçaram a proposta de parceria republicana e municipalista apresentada pelo governador Marconi Perillo”.

Nota da AGM

 A Associação Goiana de Municípios (AGM) vem a público lamentar e condenar as declarações do senador Ronaldo Caiado.

 Em um momento de dificuldades como o que passam os prefeitos, tratá-los como cooptáveis é uma irresponsabilidade. A parceria com o Governo de Goiás, que utilizará recursos do tesouro estadual para investir em obras e ações definidas pelos próprios prefeitos, é um avanço na relação institucional com os municípios.

 A AGM entende que um senador da República deveria fazer melhor uso de seu mandato, defendendo, por exemplo, os interesses dos municípios, carreando obras para as Prefeitura em vez de permitir-se suscitar dúvidas, de maneira leviana sobre o trabalho desempenhado pelos prefeitos goianos.

 A associação atua em parceria com o Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público para atender às demandas da sociedade, já que é no município que o cidadão vive e trabalha, e o comentário do senador mancha a atuação de homens e mulheres que se dedicam a representar os interesses de seus municípios.

 A AGM repudia a inoportuna declaração do senador, que fere quem de fato defende os interesses dos goianos: os prefeitos e seus munícipes.

Paulo Sérgio de Rezende – Presidente Eleito da Associação Goiana de Municípios (AGM)

Nota de José Eliton

Em mais uma clara demonstração de seu desespero político e de sua total falta de compromisso com os cidadãos de Goiás, o senador Ronaldo Caiado busca os holofotes na tentativa de desqualificar o trabalho do Governo do Estado e do governador Marconi Perillo em prol dos goianos. Obstinado em levar adiante seu projeto pessoal de poder, Ronaldo Caiado não mede a extensão de suas bravatas e mentiras.

 Novamente o alvo de Ronaldo Caiado é a privatização da Celg Distribuição, cuja receita, da ordem de R$ 1,1 bilhão, será integralmente aplicada em obras e benefícios para a população. O senador não suporta conviver com a perspectiva de que, muito em breve, esses recursos serão aplicados em obras de infraestrutura, saúde, educação e segurança pública que reforçarão ainda mais o programa de governo transformador de nossas gestões, pactuado com a população, prefeitos, parlamentares, instituições de todos os Poderes e o setor produtivo do Estado.

 Ao lado do governador Marconi Perillo, estamos preparando a apresentação de um amplo Programa de Investimentos e Entrega de Obras e Benefícios para 2017 e 2018. Esse programa, resultado do planejamento de governo, das audiências com os prefeitos goianos e da interlocução com a população, será apresentado ao Estado no próximo dia 30 de março, de forma detalhada, ação por ação, com seus respectivos valores e fontes de recursos. Entre essas fontes está a receita da privatização da Celg Distribuição.

 O Programa de Investimento e Entrega de Obras e Benefícios é, essencialmente, uma ação do Governo de Goiás em prol do desenvolvimento dos municípios. Foi pactuado com todos os prefeitos e sua fonte de financiamento são recursos do Tesouro Estadual, e não da Celg Distribuição, como quer fazer crer o senador. Essas receitas são oriundas das fortes medidas de austeridade fiscal aprovadas pela Assembleia Legislativa, cujo resultado é reconhecido nacionalmente pela imprensa nacional.

 A insurgência de Ronaldo Caiado contra o Programa atesta seu desrespeito aos prefeitos de Goiás, especialmente àqueles filiados aos partidos de oposição ao Governo de Goiás, entre eles os de sua legenda, o DEM, que abraçaram a proposta de parceria republicana e municipalista apresentada pelo governador Marconi Perillo. Ao contrário do que diz o senador, a postura dos prefeitos de Goiás não é venal e oportunista, mas desenvolvimentista e progressista, voltada para o fortalecimento dos municípios e para o bem-estar dos cidadãos goianos.

 Ronaldo Caiado mede a todos sob sua ótica política perversa, em que os critérios são sempre a conveniência e o oportunismo. Conveniência que o faz atacar o governo do presidente Michel Temer, pedindo sua renúncia, e, em seguida, abraçar ministros em visita ao Estado. Oportunismo que o faz buscar os holofotes para tentar denegrir o trabalho de quem realmente está ao lado da população de Goiás. Seu ódio tem como resulado a solidão política, porque a população de Goiás quer continuar avançando em prol de uma vida plena e digna, com emprego, renda e paz social.


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