Um policial civil foi filmado agredindo um estudante da cidade de Trindade, nesta quarta-feira (11). De acordo com as informações, a filha do policial estuda no mesmo local, no Colégio Estadual Alfa Ômega, em que aconteceu o fato.
A menina teria se desentendido com uma colega. Com isso, o namorado da colega e um outro menor foram até a casa da filha do policial tirar satisfação. O homem ficou sabendo e acabou agrendindo o menor. O vídeo da agressão foi compartilhado na rede social Facebook e pelo aplicativo WhatsApp.
O policial civil está lotado no 18º Distrito Policial de Goiânia e tem 51 anos. De acordo com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, delegada Renava Vieira, o homem está de licença do serviço e já foi condenado por matar a tiros a esposa.
Em nota divulgada pela Direção Geral da Polícia Civil, nesta quinta-feira (12), é informado que já foram adotadas as providências para responsabilizar o policial por agredir um adolescente de 13 anos. Além disso, a Corregedoria da PC irá instaurar procedimento administrativo e penal contra o acusado.
Confira a nota na íntegra:
A Direção Geral da Policia Civil informa que já adotou providências no sentido de apurar responsabilidades em relação à conduta do Agente Policial, atualmente lotado no 18º Distrito Policial, no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia, por agredir um adolescente de 13 anos na porta do Colégio Estadual Alfa Omega, no Jardim Ipanema, no município de Trindade.
Informa ainda que a Corregedoria da Polícia Civil foi determinada para proceder à instauração dos procedimentos administrativo e penal pertinentes, com o objetivo de responsabilizar o referido policial pela conduta adotada de forma violenta e totalmente na contramão da orientação da direção da instituição na prestação de serviços por parte da Polícia Civil.
Afirma que a conduta praticada pelo referido policial é isolada e inadequada para uma instituição que prega o bom atendimento e qualidade nos serviços que presta. Lembra a direção que o acusado foi demitido a bem do serviço público em novembro de 2002, após investigação da Corregedoria da Polícia Civil, por prática de crime de concussão (corrupção praticada por servidor público), e reintegrado em fevereiro de 2009, por ordem judicial.
Que com relação aos crimes de homicídio, praticado pelo acusado em 2004, em desfavor de Luzimar Machado da Silva Pacheco, e de furto, onde o mesmo figura como investigado, foram praticados quando o policial não pertencia aos quadros da instituição.
Como estava de licença médica, encerrada na data de ontem, dia 11, o policial só portava arma pelo fato de que não havia recomendação em laudo psicológico ou psiquiátrico para que lhe fosse proibido o seu uso. Neste caso, somente é retirada a arma do servidor em caso de recomendação expressa. Observa, porém, que não há impedimento legal para que todo policial porte arma, mesmo fora de serviço.
Por fim, a Direção da Polícia Civil lamenta o ocorrido e garante apuração com todo rigor e transparência com relação aos fatos narrados.
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