A Justiça Eleitoral determinou o afastamento de dois secretários municipais de Trindade, bem como instaurou investigação contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Marden Júnior (UB), por suspeita de tentativa de compra de voto. Conforme o argumento de decisão do juiz da 049ª Zona Eleitoral de Trindade, Ailton Ferreira dos Santos Júnior, os secretários de Saúde, Gustavo Luiz de Queiroz, e de Comunicação, Frank Fraga de Carvalho, tentaram comprar o apoio político do candidato a vereador pelo partido AGIR, Thiago Henrique Campos, em troca de R$ 20 mil mais benefícios, a pedido do prefeito.
A decisão é resultado da representação feita pela Coligação Rumo a Vitória (REPUBLICANOS, PDT, PL, AGIR, AVANTE, Federação Brasil das Esperança – FÉ BRASIL, Mobiliza, PMB e PSD), contra a Coligação Trindade no Caminho Certo (UNIÃO BRASIL, PSD, MDB, PP, NOVO, PODE, PRD, PSB, DC,
SOLIDARIEDADE). O representante anexou prints de conversas no WhatsApp entre Frank e Thiago Henrique, em que era oferecido o valor em dinheiro, mais duas indicações a cargos comissionados na Prefeitura e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em troca do apoio político.
Em outra conversas, o secretário de Saúde, Gustavo Queiroz, ainda tenta persuadir Thiago a aceitar a proposta relembrando-lhe da amizade com o secretário de Comunicação. Apesar das tratativas não terem sido consumidas e do suborno não ter partido para a efetivação concreta, o juiz entendeu que houve “ato abusivo” e determinou o afastamento imediato dos secretários de seus cargos na Prefeitura de Trindade, sob pena de multa diária de R$ 5 mil e de incorrer em crime de desobediência, caso seja desacatada.
Além disso, o juiz determinou ainda a instauração de um inquérito para investigação do prefeito Marden Júnior. Caso seja comprovada a irregularidade e seu envolvimento com a tentativa de compra de apoio político, poderá resultar na decretação de inelegibilidade dos investigados, cassação do registro da candidatura de Marden Júnior e de seu vice, Juan Carlos Alves Freire, e aplicação de multa.
A reportagem do Diário de Goiás tentou contato com o secretário de Comunicação Frank Carvalho, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto.
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