Equipes da Aeronáutica retiraram no início da tarde desta sexta-feira (20) o gravador de voz da cabine do bimotor King Air C90 que caiu em Paraty. O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e outras quatro pessoas estavam a bordo da aeronave.
Segundo informações da Aeronáutica, o gravador de voz foi recolhido dos destroços do avião que permanecem sob a água. Eles passarão por uma primeira a análise dos técnicos, a partir da qual, será decidido quem será responsável por ouvir as gravações.
A sede do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, tem um laboratório especializado em extrair esse tipo de informação. No entanto, como nem todos gravadores de vozes são iguais, é possível solicitar peças e instrumentos da fabricante americana da aeronave, a Beechcraft.
O pedido de ajuda à empresa americana pode ocorrer também, caso seja verificada uma avaria severa no gravador de voz. Uma falha em qualquer etapa do procedimento de extração do áudio pode danificar o conteúdo das gravações.
Além disso, é necessário também que o gravador estivesse funcionando durante a queda. As investigações do acidente que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, por exemplo, concluíram que o gravador de voz estava desligado.
O áudio captado pode ajudar a entender se houve comunicação entre o piloto e alguém em terra, via rádio, ou se houve algum aviso do piloto aos passageiros antes da queda.
A aeronave não dispunha de caixa-preta que armazena dados do voo, tais como altitude, velocidade, aceleração etc.
(Folhapress)
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