O senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos acusados pela JBS, deixou o plenário do Senado pela lateral, sem comentar as acusações de que foi gravado pedindo R$ 2 milhões à JBS e a quantia foi entregue a um primo do tucano, em ação filmada pela PF.
Questionada, a assessoria não comentou o caso. Procurado, Aécio não se manifestou.
A notícia revelada pelo jornal “O Globo” e confirmada pela Folha de S.Paulo esvaziou o plenário do Senado, que acabara de votar o projeto de socorro aos Estados.
Em meio à discussão do texto que pode por fim ao foro privilegiado, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) leu em plenário a matéria. O presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), teve que interromper por mais de uma vez as manifestações dos senadores em reação à denúncia.
“Primeiro, eu quero deixar bem claro que nós estamos numa discussão da PEC 10, que é do foro privilegiado. Não cabia, mas eu não quis cassar a palavra do senador Lindbergh, que estava dando um aviso como alguém que está discutindo. Nós estamos no processo de discussão de uma matéria”, disse.
O líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL) estava em uma conversa no cafezinho do Senado e não quis comentar o caso.
Eunício deixou a presidência da sessão afirmando que não caberia a ele “comentar a matéria”
Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou minimizar o assunto dizendo que, por enquanto, é apenas “uma denúncia” e que qualquer comentário ainda seria “prematuro”.
“Considero que é uma denúncia, de tantas que estão sendo publicadas. De delações, as dezenas que estão sendo publicadas. Algumas delas, a maioria das delações, o PT está descredenciando”, disse.
Questionado pela reportagem sobre ter invalidado no passado as gravações de Sérgio Machado em que ele aparece falando em “estancar a sangria”, Jucá desconversou.
“Eu não invalidei, eu disse que o que eu falei foi pinçado e dado outro tipo de interpretação e eu pedi para ser investigado. No momento em que vazaram criminosamente parte dos áudios eu pedi para ser investigado e estou cobrando isso”, disse.
Leia mais sobre: Política