10 de agosto de 2024
Política

Aécio busca Caiado

 

Presidente do PSDB, Aécio Neves, buscam aproximação com o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), o goiano é um dos lideres do setor do agronegócio e é o alvo para fortalecer a chapa do PSDB a presidencia.

Aécio Neves articula volta de Ronaldo Caiado
Marcelo Tavares – Repórter de Política

 

O apoio de Ronaldo Caiado (DEM) continua disputado a título de ouro para as eleições de 2014. Mesmo com a possibilidade de aliança com Armando Vergílio (SDD), grupos políticos ainda articulam para ter o apoio do deputado federal. Sem que a base aliada do governador Marconi Perillo tenha tido sucesso para trazer o democrata ao grupo, agora quem entrou em cena foi o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que estaria mantendo conversas com o ruralista. A intenção é articular para que Caiado volte à base governista no Estado e também trabalhe pela candidatura de Aécio Neves para presidente.

Depois que saiu da Terceira Via de Vanderlan Cardoso (PSB), por conta de divergências com Marina Silva e a Executiva Nacional pessebista, o deputado federaltem sido disputado por todas as correntes políticas em Goiás – base do governo, a aliança PMDB/PT e até mesmo a Terceira Via, já que Vanderlan afirma que ainda não desistiu de ter o apoio de Caiado. Outra informação adiantada pela Tribuna é uma possível formação de uma ‘Quarta Via’, composta pelo DEM de Caiado e o Soli­da­riedade de Armando Vergílio. Os dois assumem que conversam constantemente sobre a sucessão de 2014, mas não adiantam quais são os pontos do diálogo. Uma união entre as duas lideranças, caso não formem uma chapa para disputar a eleição, os deixam fortes para negociar com as atuais alianças já colocadas para disputar o governo.

Segundo o presidente regional do PSDB em Goiás, Paulo de Jesus, não só Aécio Neves estaria conversando com Caiado, mas também deputados do PSDB no Congresso Naci­onal estão em diálogo constate com o democrata. “Apro­ximação há. Todo mundo tem o procurado”, ressalta o presidente, que assume que ainda é cedo para falar em definição e que as decisões só irão ocorrer entre maio e junho de 2014. Paulo de Jesus, porém, não soube falar qual são as indicações que o deputado federal tem demonstrado com a procura.

O deputado estadual Da­niel Messac (PSDB) diz que não está descartada a participação de Caiado e Vergílio na base, já que para ele em “política ninguém cisca para fora, mas sim para dentro”. Ele afirma que o governo tem interlocutores que buscam pavimentar a vinda dos dois para a base. “Nenhum governo abre mão de pessoas como essas”, afirma o parlamentar, que ressalta principalmente as qualidades do democrata. Segundo Messac, Caiado ajudou a construir o projeto de governo da atual base aliada estadual e é natural que os aliados de Marconi o procure. “Vamos buscá-lo até os instantes finais”, pontua. O parlamentar chegou a criticar Vanderlan que, segundo ele, perdeu uma grande oportunidade de defender Caiado, quando ele foi afrontado pelas declarações de Marina Silva. “Ele poderia ter dito que seria um elo para construir uma ponte entre Caiado e Marina, entre o agronegócio e o ambientalismo”.

O deputado estadual José Vitti (PSDB) explica que Ronaldo Caiado e Armando Vergílio são forças importantes. O primeiro representa um segmento importante que detém fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e o segundo sempre esteve com a base de Marconi. “Caiado e Armando se sentarem para conversar é natural e faz parte do processo, mas espero que até julho a situação esteja resolvida, com os dois integrando a base do governo”, pontua.

Vitti diz que ainda não vê uma grande prioridade na base governista em buscar o democrata, mas ressalta que isso é importante porque Caiado, dependendo do lado que for, pode definir a eleição de 2014. E a melhor estratégia para buscar o ruralista, segundo o parlamentar, é primeiro colocar interlocutores para abrir diálogo, já que o deputado tem grandes dificuldades de conversar com Marconi Perillo, líder da base governista. “Caso ele venha, a conversa com o governador é inevitável, mas, primeiro, interlocutores fazem o meio de campo para que depois os dois dialoguem”, explica. (M.T.)

 


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