O advogado Eduardo Carnelós, responsável pela defesa de Michel Temer, disse nesta quarta-feira (4) que “ainda bem” que não está mais à frente da PGR (Procuradoria-Geral da República) alguém que queira depor o presidente.
Para ele, houve uma tentativa de “golpe” no Brasil.
“Nós só temos a dizer que ainda bem que esse tempo passou. Ainda bem que agora já não há mais, à frente do Ministério Público Federal, quem esteja disposto a depor o presidente da República contra a norma constitucional, contra o ordenamento jurídico”, afirmou o advogado após entregar a defesa de Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Questionado se estava insinuando que a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, era chapa branca, ele ignorou as perguntas e entrou no carro cercado por seguranças.
Carnelós fez uma série de críticas ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, responsável pelas duas denúncias apresentadas contra Michel Temer.
Segunda denúncia
Ele criticou o que chamou de “indecência dos métodos” e desqualificou esta segunda denúncia que aponta que Temer cometeu crime de organização criminosa e obstrução de Justiça.
“A denúncia apresentada contra o presidente da República é uma das mais absurdas acusações de que se tem notícia na história do Brasil”, afirmou o advogado.
Para ele, a denúncia é uma “peça absolutamente armada, baseada em provas forjadas, feita com o objetivo claro e até indisfarçado de depor o presidente da República, constituindo, portanto, uma tentativa de golpe no Brasil”.
“A denúncia não traz nenhuma prova daquilo que alega e alega de forma inepta. Não descreve os fatos como deve fazer uma acusação formal. Pior do que isso, imputa ao presidente fatos que precedem o exercício do mandato da Presidência”, afirmou na entrevista.
Ele também afirma que a denúncia é amparada apenas na palavra de delatores “que fizeram um grande negócio”. (Folhapress)
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