O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, falou em entrevista exclusiva à ESPN sobre o desempenho do Dragão na Série B, abriu o jogo sobre as dificuldades financeiras da competição e o futuro do clube. O dirigente admitiu que o início ruim no campeonato custou caro e praticamente impediu a briga do Dragão pelo acesso, apesar da boa reação no segundo turno.
“Nosso primeiro turno foi muito abaixo. Fizemos uma reformulação e um segundo turno muito bom, mas não foi suficiente. Perdemos muitos pontos bobos, empatamos muito. Essa competição tem que ser de regularidade, e isso não aconteceu. Eu sou bastante realista. É muito remoto, mas a gente vai pagar prêmio e fazer tudo para respeitar a competição. Nosso principal objetivo é honrar a camisa e sair de cabeça erguida”.
Adson também defendeu a implementação do Fair Play financeiro no futebol brasileiro, apontando que os custos da Série B estão cada vez mais altos e que muitos clubes agem sem responsabilidade.
“Os gastos são exorbitantes. Espero que a CBF consiga aprovar o Fair Play financeiro, para trazer mais responsabilidade. Hoje, os clubes são reféns de empresários e atletas. O nível técnico está bom, mas está muito caro, está impagável. O Atlético é muito responsável. Não temos dívidas profundas e estamos planejando o próximo ano. A Série B ainda não tem o vigor financeiro que merece.”
Questionado sobre o rival Goiás, que ainda briga pelo acesso, Adson foi direto: “Eu não quero que o Goiás suba de maneira nenhuma. Mas quem me conhece sabe da minha linha. Jamais vamos jogar para perder. Temos que respeitar a competição e a nossa entidade. E o Goiás também não precisa do Atlético-GO para atingir seus objetivos. ” — garantiu o presidente, que negou qualquer possibilidade de “facilitar” jogos contra adversários diretos do rival.
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