A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Goiânia, Delegada Adriana Accorsi (PT), reuniu-se, na tarde desta quarta-feira (26), com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para tratar dos problemas relacionados ao Samu de Goiânia. Os telefones do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência não funcionam há cinco dias e o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) aponta “tentativa de desmonte”.
Além disso, houve corte de repasses de recursos do governo federal ao serviço, por desqualificação. “Deixamos de receber os recursos federais e não está funcionando”, disse a deputada à ministra, durante o encontro, que também contou com a presença do deputado estadual Mauro Rubem (PT), e a presidente do Sindisaúde, Néia Vieira.
Adriana Accorsi afirmou ter clamado, na ocasião, “pela retomada dos investimentos no SUS em Goiânia” e mais recursos para a saúde da capital. “Buscamos soluções viáveis para garantir que o Samu de Goiânia continue a operar de maneira eficaz. Nosso compromisso é com a saúde e o bem-estar da população goiana e não mediremos esforços para reverter essa situação”, frisou a parlamentar.
De acordo com o Sindisaúde, ficou acordado que a equipe do Ministério da Saúde virá a Goiânia para discutir a situação com a Secretária Municipal de Saúde (SMS) , o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), sindicatos e trabalhadores da área.
Denúncia
Conforme publicado no Diário de Goiás, o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) informou, também nesta quarta-feira (26), que irá acionar o Ministério Público Estadual (MP-GO) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para denunciar a precarização do atendimento telefônico do SAMU. Em nota enviada à imprensa, a entidade destaca ter recebido denúncias de que, há cinco dias, os telefones do SAMU não funcionam.
“O Simego recebe com preocupação a denúncia de que desde o último sábado (22), o atendimento telefônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Goiânia, não está funcionando. A população da capital e região metropolitana que precisa do atendimento pré-hospitalar tem relatado inúmeras tentativas frustradas de contato com o serviço de emergência, resultando em situações de risco para a saúde e segurança de diversos cidadãos”, frisa a nota.
A presidente do Simego, Franscine Leão, disse que há tentativa de desmonte do SAMU em Goiânia, com o “objetivo de justificar a privatização do serviço”. A reportagem do DG tentou falar no 192, durante cinco vezes na tarde de ontem, todas sem êxito. Quando a chamada completa, a mensagem é de que o número chamado não está atendendo e não possui caixa postal.
De acordo com o Simego, a Prefeitura de Goiânia e a SMS já foram informadas sobre o problema e estão cientes da gravidade da situação. No entanto, reforça a denúncia, até o momento não houve uma solução definitiva para restabelecer o atendimento adequado. Questionado pela reportagem, o sindicato informou que vai acionar o MP e o TCM.
“Há tempos temos denunciado o sucateamento do SAMU, a negligência e o descaso da Prefeitura de Goiânia que impedem que o serviço funcione adequadamente: redução de profissionais, falta de insumos, falta de manutenção das ambulâncias, o que acarretou perda de repasses do Ministério da Saúde. É essencial que tenhamos um serviço de emergência funcionando corretamente. A falta de atendimento coloca todos nós em risco”, enfatiza a presidente do Simego.
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