O prefeito de Catalão, Adib Elias, afirmou que apenas o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, será capaz de resolver as dificuldades do MDB em definir alianças entre Ronaldo Caiado (DEM) e Daniel Vilela (MDB) para a cabeça de chapa nas eleições 2018, em Goiás.
Em entrevista o editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, Adib Elias ressaltou que “a missão é difícil”, e afirmou que vê o cenário com muita dificuldade, já que “Daniel entende que o MDB tem que ter candidatura na cabeça de chapa e o Ronaldo Caiado, com quase 50% da pesquisa, não deverá abrir mão da situação”.
Leia a entrevista:
Prefeito, no encontro do DEM, Iris Rezende disse: vou chamar Caiado e Daniel e falar para que eles se reúnam e se entendam. Essa orientação de Iris vai ser suficiente para chegar a um acordo na base oposicionista?
Essa discussão e esse debate, nós começamos ele há mais de sete meses, um grupo de prefeitos, o deputado José Nelto (MDB), e entendemos desde aquela época que nós precisamos discutir e debater acentuadamente, para que nós da oposição em Goiás não chegássemos divididos no momento de escolher o candidato, que na nossa opinião, teria que ser uma. Na verdade, hoje nós estamos em uma situação mais difícil. Há 15 dias, nós tivemos uma reunião, Maguito, Zé Nelto, eu, onde nós achamos que deveríamos chamar mais pessoas, chamamos aí o ex-governador Agenor Rezende, prefeito de Mineiros; o prefeito de Goiânia, Iris Rezende; o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha. Nesse debate, já na semana passada, nós demos a oportunidade para que o prefeito Iris Rezende pudesse ser o instrumento de todos nós na condução de uma resolução para que tivéssemos uma candidatura única. Ainda hoje conversei com ele, e ele vai chamá-los, mas por tudo que está acontecendo no estado, porque parte das oposições em Goiás não está querendo ganhar as eleições. Entendo que a missão do prefeito Iris Rezende não será fácil, mas pela grandeza dele, pela história dele, pela estatura moral, ele tem todas as condições de pedir para que eles possam sentar e definir uma candidatura única, porque nós não vamos enfrentar um governador que não tem experiência, nós não vamos enfrentar um time que seja formado por neófitos, nós vamos enfrentar quem sabe fazer o debate político, quem sabe fazer eleições. De forma que eu entendo que a missão é difícil, espero que resolva, mas vejo com muita dificuldade.
Quando o senhor diz que uma parte da oposição não quer ganhar a eleição, o senhor está se referindo a quem?
Estou me referindo ao meu próprio partido. Acho que nós temos que descer do sapato de salto, acabar com as vaidades e escolher a metodologia que nós vamos usar para sair com candidatura única. Na minha opinião, metodologia é pesquisa qualitativa, quantitativa, é quem tem o maior tempo eleitoral, quem tem o maior número de candidatos a deputados federal, estadual e mais ainda, quem tem candidaturas a senador e tempo de televisão. Entendo que já teríamos que ter feito isso há muito tempo e não fizemos.
Então o senhor não vê ambiente para esse acordo?
Eu vejo isso hoje com muita dificuldade. O Daniel entende que o MDB tem que ter candidatura na cabeça de chapa e o Ronaldo Caiado, com quase 50% da pesquisa, não deverá abrir mão da situação. De forma que eu vejo tudo com muita dificuldade, e se não tem dificuldade, com certeza nós teremos três candidaturas aí, a do governo, o Ronaldo Caiado (DEM) e do próprio Daniel Vilela do MDB.
E esse grupo de negociantes se desfaz então?
Não é que se desfaz. É que nós colocamos, naquela reunião, o Iris como instrumento de todos nós na resolução desse processo. Ele é um homem de grande conteúdo político. Eu entendo que só ele pode dar resolução, pela respeitabilidade que o Ronaldo tem com ele, pelo respeito que o Daniel também tem e pela história do Iris. Ele vai demonstrar para todos eles o que é melhor. Nessa conversa com eles, ele vai arrumar uma forma de decidirem. Repito: eu entendo que nesse momento seja difícil decidir, nesse momento, quem será o cabeça de chapa.
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