Esta quinta-feira (27) mal começou e, faltando três dias para o domingo de eleição presidencial, o clima é de caos. Na internet, um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está entre os assuntos mais comentados e, junto a isso, notícias sobre o pedido de adiamento do 2º turno das eleições são divulgadas, gerando confusão e curiosidade dos leitores e eleitores.
Em relação ao pedido de impeachment de Moraes, que atualmente também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ideia foi do senador Lasier Martins (Podemos-RS), e não foi a primeira vez. O parlamentar justificou o pedido por “reiterados abusos expressos em crimes de responsabilidade”. Em pronunciamento na terça-feira (25), Martins referiu-se a uma petição protocolada por ele e baseada na Lei 13.869, de 2019, que dispõe sobre o abuso de autoridade, como instrumento para solicitar ao Senado que cumpra seu papel de julgar ministros do STF.
“Sua série de crimes de responsabilidade é grande e poderíamos rememorar aqui vários dos seus atos abusivos, todos bem conhecidos da sociedade brasileira. Um dos mais alarmantes motivos desta atual representação se refere à violação do princípio constitucional do livre pensamento e da livre expressão, praticado contra oito importantes empresários brasileiros, que, em caráter privado, por WhatsApp, dialogavam sobre os riscos da eleição de um candidato à Presidência da República”, falou Lasier.
Para o senador, Moraes, no comando da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria tomado decisões monocráticas de censura contra órgãos de imprensa e canais de comunicação, como a Rádio Jovem Pan, o canal Brasil Paralelo e o jornal Gazeta do Povo.. “Em conclusão, Alexandre de Moraes, de arbitrário exercício na mais alta Corte do país, precisa ser contido. Caso contrário, continuará suas tropelias e atropelamentos da Constituição Federal”, disse, ainda, o parlamentar.
Após este episódio, ainda foram noticiadas informações de pedidos de um possível adiamento do segundo turno das eleições. O Correio Braziliense publicou que o Instituto Nacional de Advocacia (Inad) fez o pedido devido a denúncia de que rádios não estariam inserindo a propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O grupo de advogados pediu que o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, envie uma ação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requerendo o adiamento da votação com a justificativa do pedido, o Inad diz que como o caso veio à tona às vésperas das eleições, seria impossível equilibrar as inserções entre Bolsonaro e o opositor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sua coluna, a jornalista Andréia Sadi, do G1, chegou a escrever que o presidente Bolsonaro queria o adiamento do segundo turno, o que seria uma “bala de prata” para tentar reverter a vantagem obtida por Lula no primeiro turno das eleições e nas pesquisas. Apesar disso, o presidente não teve apoio em sua ideia, e recuou.