O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou na quinta-feira (6) sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga uma suposta trama golpista. Na defesa apresentada, Bolsonaro nega qualquer participação em atos golpistas e questiona a condução do processo. A manifestação ocorre dentro do prazo estabelecido pela Corte, que se encerra nesta noite, às 23h59.
Ao todo, o STF já recebeu as defesas de 17 dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Assim como os demais denunciados, Bolsonaro alega não ter tido acesso total às provas da investigação e pede alterações no julgamento, como a substituição do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e a análise do caso pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma.
Outros nomes ligados ao ex-presidente também já apresentaram suas defesas, entre eles Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator), o general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), o general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin). Além deles, militares do Exército também se manifestaram, negando envolvimento na suposta tentativa de golpe.
Julgamento no STF
Com a entrega das defesas, o próximo passo é o julgamento da denúncia pelo STF, que será conduzido pela Primeira Turma da Corte. O colegiado é formado pelos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais denunciados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal no STF. A data do julgamento ainda não foi definida, mas a expectativa é de que ocorra ainda no primeiro semestre de 2025.
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