A articulação do governador Marconi Perillo e do vice-governador José Eliton que resultou na suspensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ação que pedia a retirada dos incentivos fiscais concedidos por Goiás vem sendo exaltada pelo setor empresarial. Líderes do Fórum Empresarial goiano reconheceram em notas públicas e em entrevistas à imprensa que Marconi protagonizou uma das maiores vitórias de Goiás nos últimos anos. O reconhecimento mais recente foi feito pela Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), por meio da revista Pró-Industrial, do mês de março.
Matéria dessa edição afirma que Marconi e José Eliton evitaram o caos para a economia goiana, ao articularem junto ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que havia interposto a ação. Graças à articulação de ambos, Alckmin assinou petição pelo adiamento da matéria, cuja apreciação foi suspensa pela ministra do STF Rosa Weber, no dia 8 de março. No texto, a Adial afirma que a data poderia ser considerada o “Dia do Fim do Mundo” e o “11 de Setembro” da indústria goiana, não fosse o trabalho de Marconi e José Eliton. “Foi uma decisão histórica comandada por Marconi Perillo, visto que o governo paulista jamais teve ou imagina-se que faria tamanha concessão de diálogo com o governo goiano”, ressaltou o texto.
O presidente da ADIAL, Cesar Helou, afirmou que o trabalho de Marconi e José Eliton, feito em conjunto com o setor empresarial e deputados de Goiás, foi uma demonstração de união. “A suspensão do julgamento se deve ao fato de o governador Marconi e o vice, José Eliton, terem construído um caminho político em última instância, de Estado para Estado”, disse o empresário.
Na mesma revista, o presidente da ADIAL assina um artigo intitulado “Goiás unido pelo fim dos incentivos fiscais”, no qual afirma que, com diplomacia e experiência política, Marconi avançou nas negociações com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Destaca-se que convencer o governo paulista a assinar um pedido conjunto para sobrestar o julgamento é uma tarefa hercúlea, pois a história desta disputa não daria muita abertura para o acordo que o político goiano conseguiu, que é um dos políticos que hoje compreendem a dinâmica da economia nacional e tem essa visão ampliada da realidade brasileira”, declarou.
Cesar Helou afirmou ainda que, caso os incentivos fossem retirados, Goiás sofreria um prejuízo incalculável, com o início de uma desindustrialização, mudanças de fábricas para outros estados e demissões em massa. “Na outra ponta, no consumo, certamente os preços sofreriam reajuste, pois a elevação dos impostos afetaria a formação do preço de venda. A euforia que tivemos a receber cada uma das milhares de fábricas que mudaram para Goiás seria proporcional à depressão de assistir à gradativa desmontagem deste parque industrial”, avaliou.
Leia mais sobre: Cidades