23 de dezembro de 2024
Paralização

Adesão parcial de motoristas na greve da Uber e 99 faz preço aumentar pela pouca oferta de carros

No interior porém, as corridas continuam normalmente, com menos motoristas em greve
Greve é feita por melhores repasses da empresa aos profissionais. (Foto: reprodução)
Greve é feita por melhores repasses da empresa aos profissionais. (Foto: reprodução)

Com a greve da Uber e 99 desta segunda-feira (15), alguns clientes nas maiores cidades do país já enfrentam problemas com as corridas. Se já tem sido comum que os motoristas cancelem pedidos, hoje os cancelamentos estão ainda mais frequentes. Além disso, com uma oferta menor de carros, por conta da adesão dos profissionais pela paralização, os preços tendem aumentar.

Leia aqui: Greve de motoristas do Uber e da 99 está marcada para próxima segunda (15)

Apesar disso, onde há Uber ou 99 nas cidades de interior, não há muitas reclamações e os preços continuam normais. Ou seja, a greve da Uber e 99 tem mais adeptos nas capitais pelo Brasil. Em São Paulo, por exemplo, há maior tempo de espera e aumento de até 50% nos preços das corridas.

Em reportagem da Folha de S.Paulo, as informações de que passageiros tem tido transtornos para conseguir sair do Aeroporto Internacional de Guarulhos, por exemplo. Além disso, o valor da corrida com a Uber costuma ser R$ 90 do aeroporto para o centro da cidade, e na manhã desta segunda estava a R$ 135, um aumento de 50% no valor.

Pelo lado dos organizadores da greve – Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) – é que ela está positiva, mas a entidade não deu nenhuma estimativa de quantos motoristas aderiram ao movimento. Na semana passada, a informação era de que ao menos 70% estariam paralisados, mas caso esse número se concretizasse, os transtornos estariam sendo muito maiores.

Outra informação divulgada pela Folha é que os motoristas farão uma carreata, com concentração a partir das 11h na praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo. Eles pedem um valor mínimo por corrida e aumento da taxa que é repassada ao condutor, que não é atualizado há anos.

Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp, afirmou, por meio de nota divulgada nesta semana, que “as reivindicações são inúmeras, desde reajustes e repasses melhores nas tarifas, quanto à segurança, banimentos injustos, melhoria da plataforma no quesito ferramentas, mais dignidade, melhores condições de trabalho, dentre outros pontos”.

O representante da categoria diz que as empresas de transporte chegam a ficar com quase 60% do valor da corrida. isso, segundo Souza, dificulta que os motoristas tenham lucro no final do dia, já que também há muitos gastos com o carro. Além disso, desde 2016 não há um reajuste no valor repassado ao motorista, apenas um aumento de centavos em 2019.

A greve da Uber e 99, enquanto isso, deve continuar até o final do dia de hoje.


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