19 de dezembro de 2024
Esportes

Acusado de dar propina em eleição da Rio-16 levou quase R$ 3 bi de governo

Empresário Arthur Cesar Menezes Soares Filho
Empresário Arthur Cesar Menezes Soares Filho

Dono do Grupo Facility, o empresário Arthur Cesar Menezes Soares Filho é investigado por procuradores da Operação Calicute, o braço fluminense da Operação Lava Jato.

Apelidado de “Rei Artur” por sua proximidade com Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, Soares Filho recebeu quase R$ 3 bilhões por contratos assinados com o Estado durante os oito anos da gestão passada.Ele é apontado como o maior fornecedor de serviços terceirizados por meio de empresas ligadas ao Grupo Facility.

De acordo com o jornal “Le Monde”, Soares Filho teria pago cerca de US$ 1,5 milhão ao filho de um integrante do COI (Comitê Olímpico Internacional) durante o processo de escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.Em janeiro, o empresário deu depoimento aos procuradores da Calicute e afirmou ser amigo pessoal do ex-governador, preso no ano passado.

No depoimento, ele disse que começou a trabalhar no setor público em 1994 e não se lembrava de quando constituiu a Facility como empresa principal do grupo.

Na investigação, os procuradores constataram que as empresas do empresário repassou cerca de R$ 1 milhão para o escritório de advocacia da ex-mulher de Cabral, Adriana Ancelmo. Já a empresa de Carlos Miranda, a LRG, recebeu R$ 660 mil. Miranda é apontado como um dos operadores financeiros do grupo. Adriana e Miranda também estão presos.

Questionado, Soares Filho disse que contratou o escritório de Adriana por recomendação do ex-governador. O empresário negou que o pagamento serviria como propina ao casal.


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