O administrador de empresas Hélio Ferreira da Silva Júnior, de 44 anos, foi pronunciado e será julgado por júri popular pelo atropelamento e morte da balconista Jéssica Correia de Queiroz, de 25 anos. O acidente aconteceu na madrugada do dia 17 de abril deste ano, por volta das 21h, quando a moça trafegava em uma motocicleta na Avenida 85, no setor Marista.
A pronúncia foi feita pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Na decisão, o magistrado indeferiu o pedido da defesa de Hélio referente à revogação de prisão preventiva. O administrador deverá aguardar julgamento, que ainda não tem data, na Casa de Prisão Provisória.
“Na atual conjuntura, aponto a existência de crime doloso contra a vida, embriaguez ao volante e excesso de velocidade, sem proceder a qualquer juízo de valor acerca da sua motivação. Afirmar se o acusado agiu com dolo eventual ou culpa consciente é tarefa que deve ser analisada pela Corte Popular”, afirmou o juiz na decisão.
Jesseir de Alcântara também negou o pedido da defesa do acusado para desclassificação do crime de homicídio na direção de um veículo automotor e para liberdade do administrador. Para o juiz, “ainda que fosse aceita a desclassificação, não se trata de momento oportuno para aplicação de pena”.
O caso
Jéssica de Queiroz morreu após ser atingida por um carro em alta velocidade, na Avenida 85, em frente ao campo do Goiás, em Goiânia, por volta das 21h do dia 16 de abril. Hélio Ferreira trafegava a 120 quilômetros por hora no momento do acidente, de acordo com laudo da Polícia Técnico-Científica.
Testemunhas relataram que o motorista do veículo seguia em alta velocidade e não conseguiu parar ao se aproximar do semáforo que estava fechado. O carro foi jogado para a calçada e ao tentar voltar para a via, bateu em uma árvore e depois atingiu a motociclista.
Com o impacto da colisão, o carro capotou e a mulher foi lançada a metros do local. Ela não resistiu e morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Confissão
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o acusado confessou em depoimento que estava embriago no momento em que ocorreu o acidente, mas negou que estivesse em alta velocidade.
Segundo o administrador, no dia do acidente ele almoçou em um restaurante localizado no setor Bueno, com amigos, e bebeu cerveja entre as 14h e 20h30. Ao sair, com destino à sua casa, localizada no setor Coimbra, Hélio se envolveu no acidente que vitimou Jéssica.
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