18 de novembro de 2024
Mundo

Acusações de ciberataques contra os EUA são ‘amadoras’, diz Rússia

O governo da Rússia classificou de “amadoras” as acusações, feitas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, de envolvimento em ataques cibernéticos e na divulgação de notícias falsas com o objetivo de interferir na eleição presidencial de novembro de 2016.

“São acusações absolutamente infundadas, de um nível amador”, afirmou nesta segunda-feira (9) o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Nos últimos meses, o governo russo descartou diversas vezes que autoridades do país tenham buscado interferir no pleito americano. “Essas acusações começam a nos cansar”, disse o porta-voz.

Estas foram as primeiras declarações de Moscou sobre as suspeitas de interferência nas eleições dos EUA desde que as agências de inteligência do país divulgaram, na semana passada, um relatório sobre o tema.

O documento acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de ter ordenado ciberataques contra alvos do Partido Democrata para favorecer o republicano Donald Trump, vitorioso na corrida pela Casa Branca.

“Não sabemos ainda quais os dados utilizados por aqueles que lançam essas acusações infundadas”, acrescentou Peskov, dizendo que o relatório carece de “substância”.

De acordo com o porta-voz russo, as denúncias equivalem a uma “caça às bruxas”. O termo é o mesmo utilizado por Trump na semana passada em entrevista ao “The New York Times” para rechaçar as acusações de que ele teria se beneficiado de ataques de hackers russos.

Devido às acusações de interferência do Kremlin nas eleições dos EUA, a administração Barack Obama expulsou 35 diplomatas russos e aplicou uma série de sanções contra empresas do país.

Mesmo antes das eleições americanas, Trump e Putin vinham declarando publicamente a intenção de restaurar as relações entre EUA e Rússia, que foram abaladas nos últimos anos devido a divergências a temas como os conflitos armados no Leste da Ucrânia e na Síria. O “namoro” entre o magnata novaiorquino e o líder russo foi alvo de críticas duras nos EUA.

Folhapress


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