07 de agosto de 2024
Política

Acordo político PMDB/PT: um dilema que saiu dos bastidores

O assunto que até então era tratado internamente, ganhou, nos últimos dias, dimensão pública no formato de cobrança por novatos do PMDB. Com o respaldo dos resultados das eleições de 2012, quando a aliança elegeu 16 prefeitos petistas, Júnior do Friboi e Sandro Mabel resolveram ampliar o discurso e exigir a “reciprocidade” dos companheiros nas eleições de 2014.

Inconformados com a pré-candidatura do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), os aliados resgataram um suposto compromisso político entre os partidos, que definira a cabeça de chapa no pleito estadual para o PMDB.

“Não existe acordo nenhum. Na época das eleições eu era vice-presidente do partido e nunca falamos de nenhum contrato nesse sentido. Ao contrário, se a questão é a reciprocidade do apoio, é a nossa vez. Em 2010 apoiamos um nome do PMDB”, afirmou o presidente estadual do PT, Ceser Donisete, em recado direto aos renitentes.

No comando das duas maiores cidades do Estado, o PT tenta viabilizar o prefeito de Anápolis para a disputa. Do outro lado, Júnior do Friboi cava seu espaço e lança mão do argumento de que, sem Iris Rezende (PMDB), Paulo Garcia não seria prefeito de Goiânia.

A ironia é que, até o momento, Iris permanece calado. Nunca falou sobre acordos e sempre discursou contra a cobrança partidária.

Outra questão importante é que os recebedores da promessa chegaram há pouco no PMDB.

Por sinal, Mabel, em 2010 quando estava no PR, apoiou Vanderlan Cardoso. Friboi, por sua vez, só se filiou ao partido atual no ano passado e chegou a ocupar um cargo na gestão de Marconi Perillo (PSDB). 

 


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