23 de novembro de 2024
Operação Paenitere • atualizado em 07/11/2024 às 16:12

Ação da PCGO prende 50 suspeitos de aplicarem golpe do novo número

O grupo criminoso era articulado e o esquema contava com pessoas que vendiam os dados pessoais das vítimas, os que aplicavam o golpe e as que emprestavam as contas bancárias para receber os valores
O delegado Maytan Santana Lima detalhou como os golpes eram aplicados e como o grupo era orquestrado. Foto: PCGO
O delegado Maytan Santana Lima detalhou como os golpes eram aplicados e como o grupo era orquestrado. Foto: PCGO

A operação Paenitere, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quinta-feira (7), prendeu 50 pessoas suspeitas de envolvimento na aplicação do chamado “golpe do novo número”. Foram cumpridos 50 mandados de prisão temporária e mais 50 de busca e apreensão nos estados de Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro.

A ação grandiosa contra a organização criminosa suspeita de praticar fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro foi a maior realizada pela PCGO este ano, envolvendo o trabalho de 250 agentes policiais. Em Goiás, as prisões foram realizadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia. Um suspeito foi preso em Barra do Garças (MT) e outro no Rio de Janeiro (RJ).

As investigações começaram em Goiás, depois que a mãe de uma modelo e influencer digital registrou queixa pelo golpe que acarretou em prejuízo de R$ 125 mil. Os criminosos usaram fotos e dados da filha para pedir quantias em dinheiro, via Pix.

O delegado responsável pelo caso, Maytan Santana Lima, afirmou que as primeiras apurações deixaram evidente que o grupo tinha atuação em larga escala, fazendo vítimas em todo o Brasil, no entanto, com central dentro do Estado. “O núcleo desse sistema funcionava em Goiás”, explicou.

Lima também destacou como o golpe funcionava, orquestrado com diferentes etapas no esquema. “Nós identificamos desde aqueles que entravam em contato com as vítimas se passando por familiares, até aqueles que arrecadavam e emprestavam as contas bancárias, e outros que vendiam dados pessoais”. Com objetivo de ressarcir as vítimas, a polícia pediu o bloqueio de R$ 7 milhões em bens e valores do grupo.

Por possuir envolvidos de outros estados, a PCGO atua em colaboração com as investigações nas outras localidades. “Vamos compartilhar as provas com todas as polícias civis do Brasil que necessitarem”, garantiu o delegado. “Eles (os suspeitos) podem responder por outros crimes em outros estados também”, destacou.


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