Um acampamento pró-governo Bolsonaro, em Brasília, foi desmontado pelo governo do Distrito Federal no sábado (13). O ato era liderado pela ativista Sara Winter, do movimento “300 do Brasil”.
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF afirmou em nota que os manifestantes estavam em área pública da Esplanada dos Ministérios, o que é irregular, e com acampamento ilegal. A nota destaca ainda que houve negociação para retirada do movimento do local, mas sem acordo. A ação que desmontou o acampamento não registrou confronto, conforme a pasta.
Nas redes sociais, porém, Winter afirmou que a Polícia Militar usou gás de pimenta e agrediu os manifestantes. “Barracas, geradores, tendas TUDO TOMADO à força!”, escreveu no Twitter. Ela cobrou ainda uma reação do presidente Jair Bolsonaro.
Após o desmonte do acampamento, os manifestantes ocuparam a área externa do prédio do Congresso Nacional, acima dos plenários, onde ficam as cúpulas. De acordo com a Agência Senado, eles tentaram invadir áreas internas. Em nota, a assessoria de imprensa da Presidência do Senado informou que assim que tomou conhecimento do ato, Davi Alcolumbre deu ordem para policiais legislativos retirarem o grupo.
Na manhã deste domingo (14), Winter voltou a criticar a ação do governo do DF. “No sábado o DF removeu todos os acampamentos pra esquerda ocupar espaço com atos e carreatas. Domingo proíbem que patriotas se manifestam nos locais tradicionais de apoio ao Presidente. REAJA BRASÍLIA! Que toda grade colocada em nosso caminho seja derrubada!”, disse.
Esplanada fechada
Após o episódio, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou o fechamento da Esplanada dos Ministérios neste domingo (14). O decreto com a decisão foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal na noite de ontem (13).
De acordo com o documento, está proibido o trânsito de veículos e pedestres entre 0h e 23h59. O acesso aos prédios públicos federais localizados na Esplanada somente será permitido a autoridades e servidores públicos federais devidamente identificados e que estejam em serviço.
A decisão leva em consideração as aglomerações verificadas na Esplanada nos últimos dias, que contrariam as normas sanitárias de combate ao novo coronavírus. Além disso, o decreto diz que parte das manifestações realizadas nessas aglomerações tem declarado conteúdos anticonstitucionais e há ainda “ameaças declaradas, por alguns dos manifestantes, aos Poderes constituídos.”
De acordo com o governo do DF, qualquer manifestação na Esplanada dos Ministérios poderá ser admitida, desde que comunicada com antecedência e devidamente autorizada pelo secretário de Segurança do Distrito Federal, cargo hoje ocupado pelo delegado da Polícia Federal, Anderson Gustavo Torres.
Leia mais sobre: Política